Quarenta e cinco pessoas deram entrada no Hospital Geral do Estado
(HGE), em Salvador, vítimas de queimaduras no São João, informou da
Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) nesta terça-feira (25). No balanço de
feridos no festejo junino, período em que os fogos de artifícios são tradição,
19 pessoas foram vítimas de queimaduras diversas e 26 de explosão de bombas. O
balanço da secretaria corresponde aos registros feitos entre os dias 22 e 25 de
junho, até as 8h30. Segundo a Sesab, o número deste ano é menor do que o
registrado no mesmo período de 2012, ano em que 53 pessoas foram vítimas, sendo
21 por queimaduras e 32 por explosão de bombas. A Sesab acrescenta que, no
período junino, os casos foram registrados desde o sábado (22), dia em que uma
pessoa deu entrada vítima de queimadura por fogo de artifício. No dia 23, foram
cinco vítimas de queimaduras e 10 de explosão de bombas; já no dia 24, o número
cresceu para 11 vítimas de queimadura e 12 de explosão de bomba. Nesta
terça-feira, duas pessoas foram vítimas de queimaduras e duas de explosão de
bomba.
Interior
Na cidade Senhor do Bonfim, duas pessoas deram entrada no Hospital
Regional entre os dias 22 e 24. Do total, um foi liberado e outro continua
internado. A paciente é uma criança, que está com queimaduras na mão e na face,
sem gravidade. Em Cruz das Almas, 20 pessoas sofreram queimaduras
durante o São João, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do município.
Todas as vítimas, que deram entrada no pronto-socorro e na Casa de
Misericórdia, foram queimados durante a guerra de espadas, tradição na cidade.
Guerra de espadas
O Ministério Público da Bahia expediu uma recomendação orientando para que
agentes da Polícia Civil e Militar apreendam as espadas e todos os artefatos
incendiários no município de Cruz das Almas. Há também uma recomendação
para que seja cumprida a decisãodo Tribunal de Justiça proferida em junho
de 2011, que reconhece a natureza criminosa da "guerra de espadas",
comum durante a festa junina. A recomendação do MP orienta ainda para que as
autoridades policiais identifiquem os depósitos de matéria-prima na capital e
no interior.
A proibição tem como objetivo reduzir o número de vítimas de
queimadas com a fabricação e o uso das espadas. Segundo a Santa Casa de
Misericórdia de Cruz das Almas, em 2010, quando não havia a proibição, 315
pessoas ficaram feridas durante os festejos juninos na cidade. Em 2011, ano que
já contava com a proibição, este número caiu para 79. Fonte: G1.com/Ba |