O Ministério da Agricultura (Mapa) atende pleito da Secretaria da Agricultura (Seagri), por meio da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), e a Zona de Proteção passa a vacinar apenas o rebanho de até 24 meses, contra a febre aftosa. A medida busca aplicar a mesma estratégia de vacinação em toda Bahia, igualando os municípios de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Buritirama ao restante do estado.
Nesta etapa, todos criadores devem vacinar os bovinos e bubalinos de até 24 meses, no período de 1º a 31 de novembro, e declarar todo o rebanho. A redução da faixa etária vacinal beneficia aproximadamente 265 mil pecuaristas em 409 municípios baianos.
A Zona de Proteção vai agregar a estes números mais 10 mil criadores, com um rebanho de 330 mil cabeças. Entre as medidas desenvolvidas para respaldar a decisão do Mapa, a Adab manterá a atenção veterinária, principalmente do trânsito de animais e de educação sanitária, com o propósito de propiciar maior segurança aos serviços oferecidos ao produtor.
"Atendemos ao pleito dos criadores da Zona de Proteção que sempre apoiam as ações da Seagri/Adab e são nossos parceiros nas campanhas de vacinação”, disse o secretário da Agricultura, Eduardo Salles. Ele destaca o empenho dos criadores para mais esta conquista e dos profissionais da Adab, que cumpriram uma série de ações voltadas para as atividades de defesa sanitária animal, como a identificação individual do rebanho bovino das propriedades localizadas na divisa com o estado do Piauí, a intensificação da fiscalização do trânsito de animais e a utilização da Guia de Trânsito Animal (GTA).
Consolidação - Segundo o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, as ações para garantir a sanidade do rebanho baiano vêm sendo consolidadas a cada ano pelo Governo do Estado e os criadores, que já entendem a defesa agropecuária como uma política pública. "Por isso, as nossas atividades, aliadas ao processo de modernização da pecuária, estão dando resultados positivos e superando os desafios do setor”. Na sua avaliação, a decisão foi justa, "diante do recente reconhecimento nacional dos estados que fazem divisa com a Bahia para livre de febre aftosa com vacinação, antes de risco médio”.
O coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia (PNEFA), Antônio Maia, salienta que o planejamento da defesa agropecuária baiana está alinhado com as diretrizes do Ministério da Agricultura, dentro do Programa Nacional, que tem o objetivo estrutural dos serviços de defesa agropecuária, erradicar a febre aftosa em todo o Brasil e buscar o status internacional de Livre da Febre Aftosa sem Vacinação. |