O ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, decidiu nesta quinta-feira (17), manter a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS) e conceder prisão domiciliar ao banqueiro André Esteves. O magistrado também manteve a prisão de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador petista. Todos foram presos no último dia 25 de novembro, acusados de tentar atrapalhar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Delcídio operou para dificultar a delação premiada do ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, com o objetivo de evitar que viesse à tona o seu envolvimento nas irregularidades cometidas na compra, por parte da Petrobras, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Uma gravação feita pelo filho de Cerveró, revelada pela PGR, mostra que o parlamentar petista chegou a oferecer uma rota de fuga para o ex-dirigente deixar o país, evitando que ele fizesse a delação premiada.

Quanto à liberação de André Esteves da cadeia, para que ele fique preso em casa, Teori argumentou que o banqueiro não participou da reunião na qual Delcídio propôs sugestões de fuga para Cerveró. Além disso, o ministro ressaltou que não foram colhidas provas no decorrer das investigações que demonstrassem a necessidade de manter o banqueiro na prisão. O senador petista e o chefe de gabinete vão continuar cumprindo a prisão preventiva, sem prazo para acabar.

Fonte: STF