primeiro caso de ônibus incendiado em Salvador, em 2018, já é visto com preocupação pelo Sindicato dos Rodoviários. O caso aconteceu no final da madrugada desta quinta-feira (25), na Avenida Cardeal Brandão Villela, no Santo Inácio. Segundo o Sindicato, o ataque ocorreu em um trecho nas imediações de uma invasão conhecida como Iraque.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Fábio Primo, oito homens interceptaram o coletivo, de linha ainda não identificada, e ordenaram que todos descessem. Segundo o sindicalista, a categoria vai cobrar providências das forças de segurança e a princípio não pretende interromper o serviço na região. "A gente vai estudar uma forma menos dramática para a categoria e para a população, para se manifestar e cobrar providências diante desta onda, que infelizmente já começou em 2018", lamentou, em entrevista ao BNews. 

O incidente provocou um intenso congestionamento na região. Segundo o Centro Integrado de Comunicação (Cicom), equipes da 48ª Companhia Independente da Polícia Militar foram enviadas ao local.

VIOLÊNCIA - A motivação do ato contra o coletivo estaria relacionada com o protesto pela morte da menina Geovana Nogueira da Paixão, de 11 anos, atingida por um disparo na manhã de quarta-feira (24), na localidade "Paz e Vida".

"Estão se manifestando contra a violência e queimam um ônibus. Eles acabam sendo piores do que qualquer outro. A gente lamenta a morte da garota, mas incendiando um ônibus eles poderiam ter matado cinquenta, sessenta pessoas, e isso é um ato de terrorismo. Pior que a morte de uma criança seria a morte de dezenas", afirmou.

De acordo com o Sindicato, em 2017, 17 coletivos foram alvo de ataques semelhantes. Ainda segundo o Sindicato, a cada ônibus queimado, cinco postos de trabalho são extintos.