O empresário Silvio Santos colocou todo seu complexo empresarial como
garantia do empréstimo de R$ 2,5 bilhões concedido ao Banco
Panamericano, do Grupo Silvio Santos, pelo Fundo Garantidor de Crédito
(FGC). A operação de ajuda financeira foi anunciada ontem. A garantia
inclui o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a empresa de cosméticos
Jequiti, a Liderança Capitalização, as lojas do Baú da Felicidade e o
próprio Banco Panamericano. As garantias somam R$ 2,7 bilhões.
O Banco Central (BC) detectou uma deficiência expressiva no
patrimônio do Banco Panamericano e deu 30 dias de prazo para se buscar
uma solução, que incluía capitalização, troca de controle ou
intervenção da autoridade monetária, explicou hoje o presidente do
conselho de administração do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, em entrevista
à imprensa. Segundo ele, a novidade nessa operação foi a entrada do FGC
para tentar evitar a quebra do banco.
Para resgatar o banco, a holding que controla o Panamericano, a SS
Participações (Grupo Silvio Santos), fez uma emissão privada de
debêntures de R$ 2,5 bilhões, com prazo de dez anos e carência de três
anos. O papel será corrigido pelo Índice Geral de Preços - Mercado
(IGP-M). O próprio empresário Silvio Santos conduziu pessoalmente as
negociações, segundo Ferreira. No dia 11 de outubro, ocorreu pela manhã
o primeiro contato com o BC e, na tarde do mesmo dia, com o FGC.
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