
O Senado aprovou nesta quarta-feira
(20), o projeto que obriga a emissão, de forma gratuita, do novo documento de
identidade, um cartão com chip, criado pelo governo federal há mais de dois
anos. O projeto prevê a gratuidade para a primeira emissão do documento
que vai substituir a cédula em papel do RG (registro geral) nos próximos dez
anos. Senador Ciro Nogueira (PP-PI), autor do projeto, argumenta que o
custo de R$ 40 para a emissão do novo documento é "muito
alto" para muitos brasileiros e que por esse motivo o governo deve arcar
com a primeira versão do cartão.
O
custo foi estimado em abril 2010, quando o governo anunciou a mudança do
documento, uma vez que a identidade traz um chip eletrônico com informações do
cidadão. "Para se ter uma idéia, o valor orçado corresponde a quase
10% do atual salário mínimo. Considerando-se a cesta básica, calculada em abril
de 2011, o valor cotado para emissão do novo Registro de Identidade Civil fica
ainda mais significativo", disse Nogueira. Relator do projeto, o
senador Benedito de Lira (PP-AL) afirma que mudança no documento vai
proporcionar maior "segurança e eficiência" na identificação do
cidadão. "Busca-se, por meio desta proposição, fazer com que o Estado
arque ao menos com a primeira emissão desse documento", afirmou.
O
novo modelo de identidade será único para o país e terá dez dígitos. A idéia do
governo é trocar todos os documentos, que chegam à 150 milhões atualmente, em
até dez anos. Nesse período, tantos as carteiras antigas como a de novo
modelo serão aceitas em qualquer estabelecimento, pois a substituição será
gradativa e dependerá da capacidade do governo de gerar o documento. O
modelo da carteira será similar a um cartão bancário com chip, reunirá dados
pessoais, CPF e título de eleitor, e a impressão digital adaptada ao Sistema
Automático de Identificação de Impressões Digitais. Fonte: Uol |