
Um termo de
cooperação envolvendo o governo baiano, por meio da Secretaria da Fazenda
(Sefaz), e o Ministério Público do Estado (MPE) vai reforçar a atuação conjunta
para o combate à sonegação fiscal e a recuperação de ativos, tornando mais ágil
a produção de notícias-crime relacionadas a ilícitos fiscais.
O documento
assinado nesta segunda-feira (26), entre o secretário da Fazenda, Manoel
Vitório, e o procurador-geral de Justiça, Wellington César Lima e Silva, prevê
o alinhamento de ações para agilizar e efetivar providências relacionadas à
investigação e à denúncia de crimes contra a ordem tributária.
O trabalho vai
focar a aplicação da lei n. 8.137, de 27 de dezembro de 1990, que define crimes
contra a ordem tributária e econômica e contra as relações de consumo. Na
prática, a Sefaz e o MPE vão orientar suas equipes para que atuem de forma
integrada nos trabalho de fiscalização, produção de notícias-crime, realização
de procedimentos de investigação criminal e encaminhamento de processos
judiciais.
A cooperação foi
proposta pela Sefaz, que solicitou o apoio do Ministério Público no sentido de reforçar
a atuação na área de ilícitos tributários. Os termos do trabalho em conjunto
foram discutidos na semana passada, em uma primeira reunião entre o secretário
Manoel Vitório e o procurador-geral Wellington César Lima e Silva.
Resultados concretos - "Nosso
objetivo é imprimir uma atuação mais enérgica e eficaz do setor público para o
combate à sonegação, o que certamente trará resultados concretos em termos de
recuperação dos ativos relacionados a crimes tributários", ressalta o
secretário da Fazenda, Manoel Vitório.
Para o
procurador-geral de Justiça, a cooperação é fundamental para que a Sefaz
municie o MP com celeridade e detalhamento a respeito dos ilícitos, tornando
mais efetiva a atuação institucional contra a sonegação. "A atuação
institucional destes órgãos de Estado produzirá, no ambiente econômico, a necessária
conscientização quanto à importância de se agir conforme a lei em matéria
fiscal”, afirmou.
A repercussão do
trabalho foi enfatizada também pelo procurador-geral do Estado, Rui Moraes,
presente ao ato de assinatura do termo de cooperação. "Fortalecer a cooperação
institucional é importante para que o setor público possa atuar no combate aos
crimes contra a ordem tributária, o que ao mesmo tempo irá permitir a ampliação
da arrecadação e um tratamento mais equânime dos entes do mercado”.
Equipes envolvidas
- No
âmbito da Secretaria da Fazenda serão responsáveis pela execução das ações e
obrigações decorrentes do acordo a Superintendência de Administração Tributária
(SAT) e suas unidades - a Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa
(Infip), a Coordenação de Fiscalização de Petróleo e Combustíveis (Copec) e as
diretorias de Administração Tributária (DAT) das regiões metropolitanas sul e norte.
Pelo Ministério
Público, a atuação conjunta vai envolver o Grupo de Atuação Especial de Combate
à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária, Econômica, as
Relações de Consumo, a Economia Popular e os Conexos Previstos na lei nº.
9.609/98 (Gaesf), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) e o Núcleo de Inteligência
Criminal (NIC). Fonte: SECOM |