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Main » 2013 » Janeiro » 7 » SALVADOR: VENDEDOR MORRE EM SUPOSTO TIROTEIO E FAMÍLIA DIZ QUE PMs OS ESPANCARAM
9:46 AM
SALVADOR: VENDEDOR MORRE EM SUPOSTO TIROTEIO E FAMÍLIA DIZ QUE PMs OS ESPANCARAM


O vendedor Paulo Gabriel Santos Martins, 39 anos, morreu na madrugada de ontem após ter sido baleado por policiais da 49ª Companhia Independente da PM (São Cristovão), dentro do Motel Korpus, em São Cristovão, onde estava com uma adolescente de 17 anos, ex-namorada de seu filho.
Aos investigadores da Polícia Civil, os PMs envolvidos no caso informaram que foram acionados porque Paulo estaria causando tumulto no motel e que o alvejaram depois que o vendedor atirou contra eles.
A família de Paulo, porém, contesta esta versão e, baseada no atestado de óbito emitido ontem pelo Instituto Médico Legal, afirma que o vendedor, além de baleado, foi agredido pelos PMs.
O delegado Reinaldo Mangabeira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi quem ouviu os PMs. Segundo ele, os militares relataram que foram chamados por funcionários do motel porque Paulo estava gritando e atirava pela janela.
Afirmando que Paulo portava um revólver 38 e havia consumido cocaína, os PMs disseram ao delegado que falaram com o vendedor, mas que ele continuou gritando e duvidou que aqueles homens fossem policiais. O giroflex do carro da PM chegou a ser ligado para provar, o que não surtiu efeito. 
Ainda segundo a versão contada pelos PMs ao delegado Mangabeira, quando os policiais entraram no quarto pelos fundos - com uma chave reserva -, foram recebidos com três tiros, que não atingiram ninguém. Ao revidarem, eles teriam baleado a vítima no braço e nas costas. 
"Eles disseram que Paulo, já sem a arma e baleado, ainda conseguiu sair do quarto correndo, mas foi contido por outro policial e socorrido para o Hospital Menandro de Farias, mas não resistiu”, relatou Mangabeira. 
Contestação
A família do vendedor, que era sobrinho da delegada Jussara Silva, defende outra versão. "No depoimento da garota, ela disse que foi tirada do quarto pelos policiais e quando voltou Gabriel já estava baleado”, contou a sogra da vítima, pedindo sigilo de identidade. 
"A arma, uma 38 de cano curto, não era dele. Ele tinha outra arma, uma pistola, por causa do local de trabalho que era perigoso”, completou a sogra do vendedor, sem revelar o calibre da pistola nem onde o genro trabalhava. 
A garota de 17 anos que estava com o vendedor no motel confirmou que ele estava armado, mas negou o consumo de cocaína. "Ele estava alcoolizado. Não falava coisa com coisa. Começou a gritar, dizendo que ia me matar e que tinha alguém perseguindo ele”, disse. 
Ela contou ainda que os funcionários do motel bateram na porta ao ouvirem os gritos. "Ele disse que se alguém abrisse a porta ele iria atirar”, afirmou a jovem.
Em Mussurunga, onde Paulo Gabriel morava, o CORREIO encontrou seu filho de 21 anos, ex-namorado da adolescente. "Só sei que perdi o meu pai”, limitou-se a dizer o jovem.
Separação
Também sem se identificar, a ex-mulher de Paulo Gabriel afirmou que eles estavam separados há sete meses, após 10 anos de casamento. "A gente estava brigado, mas ainda ficávamos. Tínhamos acertado para voltar, mas tem uma semana que descobri que ele estava com essa menina”, disse a mulher, que tem um filho de 4 anos com o vendedor. 
"O carro dele (um Golf branco) estava revirado e com muito sangue no banco. Para mim,a polícia em vez de conter, matou. Como é que morre assim? Pior vai ser para o filho dele, uma criança”, disse uma amiga da vítima. 
A criança mora com a mãe, em Lauro de Freitas. "Todos os dias ele ia tomar café com o filho. Eram muito apegados. Não sei como é que vou falar com meu filho”, lamentou a ex-companheira da vítima.
"Ele era um cara tranquilo, tinha amigos na comunidade. Eu conheço ele desde a infância e nunca ouvi falar que ele tinha arma ou usava drogas. Era um cara íntegro, que falava com todo mundo”,  afirmou Joselito Silva, 44 anos,vizinho de Paulo Gabriel.
Mensagens
No seu perfil do Facebook, Paulo Gabriel se auto intitulava como Anjo Gabriel. Na página, amigos demonstraram tristeza com a morte e deixaram diversas mensagem de pesar. "Mais um ano que começa com muita tristeza! até quando?...” e "você com certeza precisava de paz, mas eu lamento muito que tenha sido dessa forma!!! Deus conforte a sua família e amigos e onde vc esteja que encontre a paz!!!!!!!”, foram duas das mensagens. 
De acordo com o DHPP, o motel tem câmeras de segurança que podem ajudar na apuração do caso. O CORREIO tentou contato com representantes do motel Korpus, mas ninguém se disponibilizou a comentar o caso. Colaborou Diego Mascarenhas


Família acusa policiais militares de agredirem vendedor até a morte
Depois que o corpo de Paulo Gabriel foi liberado do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, na tarde de ontem, a família descobriu que a causa da morte do vendedor não foram os disparos dos policiais da 49ª CIPM. No atestado de óbito, ao qual o CORREIO teve acesso, constam três causas: hemorragia encefálica, traumatismo crânio encefálico e instrumento contundente.
"Ele foi espancado até a morte. O médico do IML  informou que o tiro atravessou o tórax e que ele foi algemado e recebeu várias pancadas na nuca”, disse a ex-mulher de Paulo Gabriel. O corpo de Paulo será enterrado hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.
O Departamento de Comunicação da PM informou que, de acordo com o relato dos três PMs envolvidos na ocorrência, o caso foi classificado como Auto de Resistência, quando a vítima resiste à ação policial. "O relato dos policiais é que ele tinha atirado contra a menor e que ofereceu resistência mesmo ferido. Ela disse que consumiu cocaína com ele, mas só o laudo vai confirmar”, disse o capitão Alexandro Messias.
O oficial disse que não conseguiu localizar os policiais para questioná-los sobre a acusação de espancamento. "O fato vai ser apurado pelo PM. Cabe a instalação de um IPM (Inquérito Policial Militar), mas pode ser precedido por uma sindicância. Amanhã (hoje) vamos definir”, concluiu o capitão.

Category: NOTÍCIAS | Views: 675 | Added by: monica | Rating: 0.0/0
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