
Terminou sem acordo a reunião entre associações da
Polícia Militar e representantes do governo estadual realizada nesta
terça-feira (7). O encontro começou às 10h, na residência episcopal do
arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e terminou
por volta de 17h. O governador Jaques Wagner disse, na manhã desta terça-feira (7), acreditar que esta reunião poderia ser o fim do greve parcial de PMs.
"Iniciamos um processo de negociação. Nós fizemos uma proposta que eu
considero bastante razoável e é com base nisso que estou fazendo essa
aposta", explicou o governador.
O que teria impedido o fim da greve foi a data de
pagamento da Gratificação por Atividade Policial (GAP) IV. As
associações queriam que o pagamento fosse realizado em 2012, mas o
governador diz que só pode começar a pagar a GAP IV a partir de 2013. Segundo
a TV Bahia, na reunião, houve avanço em três pontos. Ficou decidido que
os 12 PMs que tiveram a prisão decretada não irão para presídios
federais, aqueles que participaram da greve de forma pacífica não serão
punidos, e os policiais que cometeram atos de vandalismo
durante a paralisação responderão a processos administrativos.Agora,
as associações vão apresentar à categoria as propostas discutidas na
reunião. A Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia
(Aspra), que decretou greve por tempo indeterminado em assembleia no
último dia 31, não participou da reunião. Além de Dom Murido
Krieger, participaram da reunião o secretário da Casa Civil, Rui Costa, o
presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, o secretário da Administração
do Estado, Manoel Vitório, o comandante geral da PM, coronel Alfredo
Castro, e representantes de cinco associações ligadas à PM. Impasse"Nós,
ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho
limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP
IV, e eventualmente até da GAP V, mas evidentemente isso terá que ser
partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma
coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho
espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador.Os grevistas
recusam a proposta de reajuste oferecida pelo governo de 6,5%
reatroativo ao mês de janeiro. Além do aumento salarial, a categoria
reivindica o pagamento da GAP IV e V, e a regulamentação do pagamento de
auxílio acidente, insalubridade e periculosidade. Os grevistas também pedem anistia administrativa e revogação das prisões dos 12 líderes do movimento.Assembleia cercada Cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) cercam a Assembleia Legislativa desde a manhã de segunda-feira (6)Um policial militar foi baleado no confronto.Nesta
terça-feira, o general da 6ª Região Militar permitiu a entrega de
alimentos e material de higiene para os policiais militares que estão
acampados no prédio da Assembleia Legislativa. Segundo oficial de
Comunicação, Mário Cunha, a entrega de alimentos foi permitida por conta
do avanço das negociações para o fim da greve.Por
volta das 10h, soldados do Exército que fazem o cordão de isolamento em
torno do prédio da Assembleia permitiram que manifestantes jogassem
sacolas com alimentos, papel higiênico e água.
para cumprir os 11 mandados de prisão contra policiais e bombeiros que estão acampados no prédio.
Três policiais militares que estavam acampados deixaram o prédio,
um deles saiu da Assembleia ainda na madrugada. Antes da saída dos PMs,
soldados do Exército checaram se havia pedido de prisão expedido em
nome deles. Fonte: Correio |