Um ex-policial militar foi morto em confronto com policiais civis na
região do Terminal Rodoviário de Salvador, na última sexta-feira (6).
Antônio Cláudio Santos Paixão reagiu à abordagem dos agentes da
Delegacia Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), foi baleado e
morreu no confronto. Ele fazia parte, de acordo com a Polícia
Civil, de uma quadrilha especializada em roubos e adulteração de
veículos, roubados em vários bairros de Salvador e, posteriormente,
revendidos com documentos falsos em cidades do interior e em outros
estados. Seis carros foram recuperados e três integrantes do grupo foram
presos.Os policiais surpreenderam Antônio Cláudio e Genival
Borges da Silva em um local de confecção de placas, próximo ao terminal
rodoviário, onde buscavam a placa de um dos carros adulterados que seria
revendido no Piauí. As cédulas de documentos automotivos fraudados pela
quadrilha eram oriundas daquele estado. Reinaldo Fonseca
Cerqueira, conhecido como "Nal”, e Francisco Ribeiro dos Santos,
"Francis ou França”, foram flagrados em um sítio, na localidade de
Tabuleiro da Baiana, em Muritiba, a 114 km de Salvador. No sítio, foram
encontrados seis veículos roubados - dois Cross Fox, um Saveiro, um
Strada, um Montana e um Siena-, e ferramentas utilizadas para
adulteração dos carros. Genival, Reinaldo e Francisco foram
apresentados pela polícia na tarde desta segunda-feira (9), no auditório
do edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade. O delegado Nilton Borba,
titular da DRFRV, informou que a operação que resultou na
desarticulação da quadrilha teve início há dois meses. Os
veículos subtraídos em Salvador, de acordo com o delegado, eram levados
para Feira de Santana e de lá seguiam para Muritiba. A quadrilha
adulterava os sinais de identificação (chassi, vidros e motor),
falsificava a documentação e os revendia.Carros novos eram
preferidos pelo grupo, que mantinha uma média de pelo menos dois carros
adulterados por semana. Estima-se que a quadrilha tenha revendido pelo
menos 80 veículos, em Sergipe, Piauí e cidades do interior baiano. Expulso após assaltoO
ex-PM morto foi expulso da corporação em 2008, após ser processado pelo
assalto a Iguatemi Pneus, ocorrido em 2005. Ele tinha dois mandados de
prisão em aberto e respondia a oito inquéritos por envolvimento em
crimes contra o patrimônio em várias delegacias da capital. A
Polícia Civil suspeita que, quando foi morto, ele se preparava para
buscar placas falsas fabricadas para os veículos já adulterados.O
diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Cleandro
Pimenta, e a delegada Pilly Dantas, diretora-adjunta do DCCP, também
participaram da apresentação do grupo. |