Pelo
visto, a crise na segurança pública baiana está longe de um ponto
final. Terminou, por volta das 20h desta quinta (9), a assembleia geral
dos grevistas que avaliou a proposta feita pelo governo do estado para
que eles voltem às atividades. O encontro aconteceu no ginásio de
esportes do Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, e a maioria
dos presentes decidiu pela continuidade da paralisação.Ao final do encontro, muitos saíram cantando o grito de guerra que já se tornou hino do movimento: "ô, ô, ô, a PM parou... a PM parou”.
Ao que parece, os agentes de segurança seguem irredutíveis quanto à
revogação dos mandados de prisão contra dirigentes da Aspra e quanto à
anistia geral para os manifestantes. Se não houver acordo, na sexta (10)
os PMs entrarão no 11º dia de greve. Depois
que foi proclamado o resultado da assembleia, o soldado Ivan Carlos
Leite, lotado no 14º Batalhão (Lobato), falou pelo grupo durante
coletiva de imprensa. De acordo com o porta-voz, a prisão de Marco
Prisco não enfraqueceu o movimento. Segundo o soldado Leite, a greve vai
perdurar até que o governo aceite pagar a GAP 4 ainda este ano e
formalize acordo para pagar a GAP 5, no máximo, até 2013.
Ao ser questionado,
o porta-voz garantiu que a paralisação será mantida por tempo
indeterminado. Apesar disso, ele admitiu que o Exército e os oficiais da
PM não tem condições estruturais de fazer a segurança do carnaval. "A
situação pode ser resolvida amanhã. Só depende do governo”, pontuou. De
acordo com o manifestante, mais de 32 mil PMs estão afastados de suas
atividades na capital e no interior.
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