A doméstica Mônica Souza dos Santos, 35 anos, foi
espancada por três homens que estavam a cavalo na orla de Piatã, nas
proximidades da terceira ponte, no final da tarde desta terça-feira
(21). Os suspeitos abordaram a vítima no calcadão e exigiram que ela
tirasse a roupa em uma área de coqueirais. Eles ainda levaram R$250 que a
doméstica havia sacado em um banco.
Mônica saía do serviço. que fica próximo ao
supermercado Hiperideal, na Avenida Otávio Mangabeira, por volta das
17h. Ela tinha como destino um outro supermercado: o Atakarejo, também
no mesmo bairro, quando foi abordada por três homens que exigiram que
ela fosse do calçadão até os coqueirais, onde foi agredida. De acordo com o boletim de ocorrência do
posto da Policial Civil do Hospital Geral do Estado (HGE), antes de ir
ao supermercado, ela passou em um banco para sacar R$ 250. A quantia
seria para realizar algumas compras.
Abordagem No entanto, no caminho,
enquanto caminhava na orla, a vítima foi surpreendida pelos homens. Após
roubar o dinheiro e fazer com que a doméstica tirasse a roupa, os
suspeitos espancaram Mônica utilizando cipós, os mesmos que eles usavam
para bater nos animais.
Segundo o marido da doméstica, o comerciante Manoel
Jesus Moreira, 41, Mônica tinha a opção de comprar no Hiperideal
- supermercado mais próximo do seu trabalho. Mas decidiu ir ao
Atakarejo, distante cerca de 2 km, por ser "mais em conta". A casa do
casal também fica no meio do trajeto.
"Nós também moramos em Piatã, então é próximo. Ela
me disse que esses homens levaram todo o dinheiro que ela ia utilizar
para comprar coisas para casa. Não é um local perigoso e sempre tem
movimentação de pessoas e policiais. Ela não imaginava que isso fosse
acontecer", conta o marido. Ela é mãe de duas crianças e mora com o
comerciante há cerca quatro meses também em Piatã.
A vítima, depois de ser agredida, ficou com uma
lesão na cabeça e no dedo da mão direita. Ela pediu ajuda para algumas
pessoas que passaram próximo ao local, que a encaminharam para o HGE,
onde permanece internada. Os suspeitos não abusaram da vítima.
"Eu encontrei com ela dentro da ambulância, com
outra roupa, uma camisa, que já estava bem ensanguentada. Passei a noite
com ela no hospital e conversamos pouco", completa o marido.
Outra versão Segundo um dos
comerciantes que trabalha na faixa de areia, próximo do local onde a
doméstica foi espancada, a vítima era usuária de drogas e estava devendo
a traficantes da região. Na área, existem várias inscrições de uma
facção criminosa. Na manhã desta quarta-feira (22), policiais faziam
rondas e buscas na área dos coqueirais. Outros comerciantes, no entanto,
disseram desconhecer a ocorrência e a circulação de pessoas com animais
na área.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia
Civil, a ocorrência registrada no HGE ainda não foi encaminhada para
a 12ª Delegacia (Itapuã), para que o títular da unidade, Nilton Tormes,
inicie as investigações. De acordo com ele, o crime é considerado
"atípico" e não apresenta características de um roubo. Ele pontuou ainda
que a vítima, parentes e testemunhas ainda precisam ser ouvidos para
chegar a uma conclusão do que ocorreu. |