O corpo encontrado na Ilha de Itaparica
no dia 29 de julho é da engenheira Marleide de Oliveira Junqueira, de
37 anos, desaparecida em agosto de 2010. A informação foi divulgada pelo
delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, por volta das 15h30 desta
quarta-feira (10), na sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia,
após conclusão do exame de DNA, que comparou dados genéticos dos restos
mortais e da engenheira.
Onze meses depois do desaparecimento, a ossada da
engenheira foi encontrada em um matagal entre Mar Grande e Bom Despacho
em frente a uma empresa de ônibus depois de uma busca em locais de
possível desova. Os ossos foram encontrados em três caixas, o que
indica que a vítima deve ter sido esquartejada.
Um funcionário do Exército, que admitiu ter
participado da ocultação do cadáver, levou os agentes da 11ª Delegacia,
em Tancredo Neves, ao local - uma área de Mata Atlântica, onde
encontraram a ossada humana.
De acordo com fontes da Secretaria
da Segurança Pública, o funcionário do Exército declarou que o
ex-namorado da vítima, Antônio Luís Santos, 42 anos, matou Marleide após
desferir um soco. Com o impacto, a engenheira caiu e bateu a cabeça,
morrendo no apartamento dele no Doron - local preferido do casal para
namorar.
Prova Antônio está preso na Unidade Especial
Disciplinar (UED) do complexo penitenciário de Mata Escura. Procurado
pelo CORREIO, o delegado Adailton Adan, titular da 11ª DP e responsável
pela investigação, confirmou que há uma lesão grande no crânio
encontrado na ossada.
"Indício que esse corpo sofreu uma pancada
na cabeça. Se o corpo for realmente de Marleide, a prova material
derruba a negativa de autoria alegada pelo acusado”, disse o delegado.
Em
novembro passado, mesmo sem a polícia ter encontrado o corpo, Antônio
foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e pelo
aborto realizado em Marleide, que estava grávida dele. Na época, a
Justiça entendeu que Antônio era responsável pelo sumiço da engenheira,
já que, segundo testemunhas, ele foi a última pessoa vista com ela.
Marleide
desapareceu misteriosamente no dia 21 de agosto. Saiu de casa sem
documentos e disse que encontraria o namorado. Antônio foi preso um mês
depois, quando se apresentou espontaneamente na delegacia sem saber que
havia um mandado de prisão contra ele.
No depoimento, alegou que
estava em companhia de Edneuza Barboza e o filho de 8 meses no dia do
desaparecimento de Marleide. Mas seu álibi não se sustentou já que a
própria Edneuza negou a versão.
Fonte: Correio
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