Um casarão desabou parcialmente no início da manhã desta quarta-feira (25) na Ladeira da Soledade, no Barbalho, segundo informações da Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador (Codesal). De acordo com a Codesal, as primeiras informações são de que há uma pessoa soterrada.

Quatro pessoas tiveram ferimentos leves - Fernanda Carvalho, 28 anos, sua filha Ana Clara, o cabelereiro Lourival Gonçalves, 42 anos, que é a travesti conhecida como Diana, e Elisonilde Borges, que saiu do casarão andando. José Carlos dos Santos, 40 anos, a travesti Adriele, ainda aguarda resgate. José Carlos, que não morava no casarão, dormia no quarto com Lourival quando o desabamento aconteceu. Segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação às 12h40, José Carlos está vivo e os bombeiros tentam chegar até ele.

O Corpo de Bombeiros está no local cuidando do resgate, mas tem dificuldades em continuar com a ação por conta do risco de novos desabamentos. Com apoio da Codesal, os bombeiros estão fazendo um escoramento das paredes para tentar novamente entrar no casarão e resgatar a vítima.

O desabamento aconteceu às 4h da manhã. Segundo a Codesal, famílias viviam no casarão, que estava condenado e não tinha condições de moradia. A casa, que ocupa os números 131 a 133 da ladeira, está sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (Ipac), de acordo com a Codesal. Com verbas do governo federal via Ministério da Integração, uma obra de escoramento da fachada já havia sido feita - mas o desabamento aconteceu na parte dos fundos da casa. A construção  tem mais de 50 anos.

A Superintendência de Trânsito e Transporte da Região (Transalvador) interditou o tráfego na ladeira para ajudar o resgate dos Bombeiros. Além disso, as atividades foram suspensas em uma escola que fica na região, o Colégio Carneiro Filho.

Operação Chuva
Segundo a Codesal, a prefeitura tem um cadastro de famílias vítimas da chuva para tentar realocá-las, e algumas das famílias que vivem na região da Soledade iriam receber posse de casas construídas no Jardim Campo Verde, na estrada CIA/Aeroporto. Estas casas foram invadidas por outras famílias e a prefeitura busca retirá-las na Justiça - o que não foi possível por conta de uma liminar da Defensoria Pública impedindo a remoção. A situação é resolvida na Justiça.

Fonte: Correio