"Isso é problema de gangue, daí a gente matou todo mundo”. Foi com
essas palavras que Fábio Conceição Brito, 25 anos, mais conhecido como Cebola,
admitiu ser o autor e o mandante de uma chacina além de diversos assassinatos
na capital.
Ao todo seis
autores de uma chacina, foram apresentados na tarde desta segunda-feira (8), na
sede da Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia.
Entre os presos
está o líder da quadrilha, Fábio Conceição Brito, mais conhecido como "Cebola”,
autor confesso de, pelo menos, 18 homicídios em Salvador e Região
Metropolitana. Além dele, Jocimara Santos de Matos, a "Galega”, Aílton
Pereira do Couto, o "Garrido”, Adenílton Nascimento da Silva, o "Foguinho”,
Sandro Dias dos Santos, o "Buia” e Lucas Costa Souza Santos, o "Neguinho”,
todos acusados de participação na chacina, tinham mandados de prisão
temporárias em aberto e estavam foragidos até domingo.
Com o bando
foram apreendidos cerca de sete quilos de drogas, entre pasta base de cocaína,
crack e maconha, cinco revólveres calibre 38, duas pistolas ponto 40, munições
diversas, duas balanças, três balaclavas, um colete a prova de balas, R$ 2,1
mil, anotações da movimentação de venda de drogas, oito celulares e três carros
e uma motocicleta roubada.
Segundo o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP), delegado Jorge Figueiredo, a criação (há dez dias) do Grupo de
Apreensão e Capturas (GRAC), foi fundamental para a agilidade da ação. "Este
grupo atua 24horas nas ruas e é específico para os casos que requerem
cumprimento imediato de prisão. Com certeza, ele contribuiu significativamente
para o sucesso da operação”, afirmou.
As cinco vítimas, Tiago Batista dos Santos, 19
anos, Neilton da Silva Santos, 29, Larissa Santos Oliveira, 17, Jessica Maísa
dos Santos Figueiredo, 19 e Joseli Nascimento dos Santos, 16 anos,
eram do município de Mata de São João e disputavam o domínio do tráfico
de drogas da Cidade de Plástico, onde foram mortos. Os corpos foram abandonados
pela quadrilha, a cinco quilômetros do local da execução. De acordo com o
titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), Odair Carneiro, o líder da
facção, conhecido como Cebola,
assumiu friamente todos os delitos. "Ele relatou todos os detalhes dos 18
homicídios cometidos e a forma como executava as vítimas, inclusive utilizando
de meios cruéis, como a decapitação”, disse.
A operação foi
deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o
apoio da Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil (COE) e da unidade
de Operações Especiais Gêmeos da Polícia Militar. Além do diretor do DHPP e do
titular da DHM, o comandante da Gêmeos, major Washington Costa, também
participou da apresentação dos criminosos, ressaltando que "o objetivo da
parceria da PM com a Polícia Civil, através do DHPP, é ganhar musculatura para
combater a marginalidade de forma mais efetiva”. Fonte: Portal de Noticia |