O jogador de futebol Adriano esteve na tarde deste sábado no Hospital
Barra D'or, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, e prestou depoimento ao
delegado Carlos César Santos, da 16ª DP, sobre o incidente que terminou
com uma jovem de 20 anos baleada na mão, dentro do carro do atleta,
nesta madrugada. A perícia examinou as mãos do atleta para verificar se
havia vestígios de pólvora, o que pode indicar se ele foi ou não o autor
do disparo.
O delegado foi ao hospital para ouvir Adriene Cyrilo
Pinto, 20 anos, que ficou ferida e passará por uma cirurgia na próxima
semana. Por meio da assessoria de imprensa do Barra D'or, Adriano
afirmou que não vai se pronunciar sobre o caso. Ele deixou o hospital
pouco antes das 17h30, despistando a imprensa. O delegado também deixou o
local sem dar declarações.
Em nota, a Polícia Civil informou que
as seis pessoas que estavam no veículo foram ouvidas, além de uma
testemunha que estava no carro atrás da BMW do jogador e dois policiais
militares. A vítima disse que Adriano estava sentado no banco de trás,
enquanto as outras cinco pessoas afirmaram que ele estava no banco do
carona. A BMW também foi periciada.
O delegado Carlos César Santos, do 16º DP, da Barra da Tijuca, ouviu na
manhã deste sábado as testemunhas do tiro acidental que atingiu a mão de
Adriene Cyrilo, 20 anos, dentro do carro do jogador Adriano, do
Corinthians, na última madrugada. De acordo com o delegado, as
testemunhas apresentaram versões diferentes da história e entraram em
contradição sobre quem teria disparado a arma.
De acordo com
Santos, o tenente da reserva da PM Júlio César Barros de Oliveira,
segurança do jogador e portador da pistola .40, negou a participação de
Adriano no disparo. Júlio César informou que estava dirigindo o veículo
com a arma debaixo do banco e, na versão dele, a própria vítima manuseou
a arma e o disparo teria sido acidental. A pistola foi apreendida para a
realização de perícia.
Já Viviane Fraga, 23 anos, que também
estava dentro do veículo, afirma que o jogador havia manuseado a arma,
porém ela não viu o momento do disparo e não soube dizer quem atirou. As
demais testemunhas, Andrea Ximenes e Daniele Pena, ambas de 28 anos,
afirmaram que o disparo foi feito pela própria vítima.
"Precisamos
saber onde estava a arma e quem a manuseou", disse o delegado, que
partia no início da tarde para colher o testemunho da vítima, no
Hospital Barra D'Or. Adriene teve fratura exposta na mão e não corre
risco de vida.
Se ficar comprovado que o disparo teve a
participação do jogador, ele irá responder por lesão corporal culposa,
com pena prevista de seis meses a dois anos de prisão. Se o disparo foi
feito pela própria vítima, nenhuma pena será aplicada.
O caso O
atacante Adriano, do Corinthians, é acusado de ter disparado
acidentalmente contra Adriene Cyrilo Pinto, 20 anos, dentro de sua BMW
na manhã de sábado. A jovem foi baleada na mão depois de sair da boate
Barra Music na companhia do jogador e outras mulheres.
As versões
sobre a autoria do tiro divergem. Adriene diz ter sido atingida
acidentalmente quando o jogador brincava com a pistola calibre .40 de
seu segurança. Já os amigos do atleta afirmam que a jovem efetuou o tiro
contra a própria mão.
Adriene foi atendida no hospital Barra
D'or, na Barra da Tijuca, e passou uma lavagem cirúrgica para a retirada
dos fragmentos da bala. Uma nova cirurgia de reconstrução será
realizada na terça-feira.
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