Pela décima vez desde sua inauguração, em 2002, a
estátua do poeta Carlos Drummond Andrade, localizada no calçadão da praia
de Copacabana, na zona sul do Rio, foi alvo de vandalismo. Por volta de 1h20 da
madrugada de hoje (25), um casal pichou a estátua com tinta branca da cabeça
aos pés. O ato durou cerca de três minutos e foi flagrado por uma câmera do
Centro de Operações da Prefeitura do Rio.De acordo com a Secretaria Municipal
de Conservação e Serviços Públicos, outra estátua localizada na orla carioca, a
do jornalista Zózimo Barroso do Amaral, no final da praia do Leblon, sofreu o
mesmo tipo de vandalismo na madrugada deste Natal. No entanto, como o local não
possui câmeras de segurança, a ação dos pichadores não pôde ser flagrada.Os
dois casos foram registrados na 13ª Delegacia Policial, em Copacabana. Equipes
da Gerência de Monumentos e Chafarizes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana
(Comlurb) fizeram durante a tarde a limpeza das pichações. No caso da estátua
de Drummond, o trabalho foi antecipado por um voluntário, Hebert Parente,
indignado com a ação dos vândalos. Pouco antes das 16h, com a estátua ainda
ostentando marcas da pichação, turistas voltavam a posar para fotos ao lado do
poeta.Esta foi a segunda vez que a estátua de Drummond apareceu pichada. A
primeira ocorreu em 2002, alguns meses depois da inauguração do monumento, uma
homenagem da cidade por ocasião do centenário do poeta mineiro, que viveu no
Rio a maior parte de sua vida, até o falecimento, em 1987.Os outros atos de
vandalismo contra a estátua em bronze, de autoria do artista plástico Leo
Santana, incluem furtos dos óculos do poeta, o último deles ocorrido em 12 de
maio de 2012. A reincidência dessas ações levou a prefeitura carioca a instalar
câmeras de segurança no local. Os gastos com as sucessivas substituições dos
óculos danificados pelos vândalos somam R$ 25 mil. Também a estátua de
Zózimo Barroso do Amaral, inaugurada em 2001, já tinha sido alvo de vandalismo
em 2009. A peça em bronze, de autoria do escultor Roberto Sá, foi inaugurada em
2001. Falecido em 1997, aos 56 anos, Zózimo assinou por mais de três décadas
uma prestigiada coluna no "Jornal do Brasil”.
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