O coronel Adilson de Oiveira Perinei, de 56 anos,
foi enquadrado no crime de peculato por se apropriar de um veículo do Corpo de
Bombeiros, onde exercia atividade, e ser flagrado dentro de um motel com uma
jovem de 13 anos. O caso aconteceu em 2010. Perinei foi preso no
estabelecimento localizado na Rodovia Presidente Dutra.
O coronel ainda foi acusado de pedofilia, aliciamento de menores e por
manter relações sexuais com meninas menores. Ele respondeu também à acusação de
filmar e fotografar os atos. Em um pen drive encontrado com o bombeiro, havia
dezenas de fotos de jovens, adolescentes e até crianças, em poses e situações
eróticas.
Na sentença, o desembargador Antônio Jayme Boente alegou que o coronel
"apropriou-se e desviou de sua regular finalidade bem móvel público de que
tinha a posse em razão do cargo, consistente na viatura oficial V1 088,
dirigida por bombeiro militar, utilizando-a – assim como o respectivo
combustível – para fins particulares, pois deixou o seu local de serviço para
encaminhar-se a um motel, onde foi surpreendido por policiais civis na companhia
de uma menor”.
Julgado antes pelo Conselho Especial de Justiça do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Rio de Janeiro, o coronel Adilson foi absolvido por
unanimidade. Na época da prisão, a Polícia Civil informou que o coronel era
alvo de investigação por pedofilia havia dois meses, depois que denúncias
anônimas contra ele chegaram ao conhecimento da polícia. Uma das vítimas dele,
de 18 anos, reconheceu fotos suas nua, quando tinha 13 anos, no pen drive. Desembargador desqualifica a decisão anterior de
conselho militarA absolvição do coronel Adilson de Oliveira Perinei na Justiça Militar foi
ironizada pelo relator do acórdão do TJ. Segundo escreveu Antônio Jayme Boente,
‘a decisão majoritária do Conselho carece de qualquer fundamento técnico... o
fato de estar a viatura à disposição do oficial absolutamente não o autorizaria
a utilizá-la para outros fins... que não... o serviço, sendo risível a adoção
do argumento para justificar suas visitas clandestinas a um motel na companhia
de prostitutas, dentre as quais se contava uma menor de idade’.
As informações
são do Jornal O Dia.
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