
Após
quase 24 horas de negociação entre a polícia e os detentos da
Penitenciaria P1 de Itirapina-São Paulo, chega ao fim a rebelião
que começou por volta das 11h de domingo (14). Dois presos foram
brutalmente mortos e 68 visitantes, entre grávidas, crianças e idosos, foram
feitos reféns.
De
acordo com um dos parentes dos detentos, os mortos identificados por Antonio
Washington de Souza de 39 anos, natural da Bahia, que cumpria pena de 20
anos por roubo, e Flavio Roberto da Silva, de 32 anos, de São
Paulo, foram decapitados e tiveram os corações arrancados e colocados
dentro de um prato e exibido no presídio.
A
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não confirmou os detalhes dos
assassinatos. Com a situação controlada, cerca de 75 presos foram transferidos,
segundo o sindicato dos agentes penitenciários, mas o número não foi
confirmado. Os visitantes foram liberadas por volta das 9h de
segunda-feira (15).
Segundo
a mulher de um dos rebelados, todo o fato se iniciou depois que ela foi barrada
na portaria da penitenciária, devido sua documentação estar irregular.
Quando seu companheiro, que cumpre pena por roubo e homicídio, ficou
sabendo que ela não entraria, ele se revoltou e mandou outra mulher que estava
visitando o marido ir até a portaria e avisar se mulher não
entrasse, a cadeia iria "tombar”.
Michele
teve a entrada liberada, mas mesmo assim dois presos acabaram mortos. As
vitimas foram decapitadas e expostas para que os agentes penitenciários
tomassem conhecimento do fato.
Dois
presos, Edivan Cruz Machado, de 24 anos, natural da Bahia e Gerson de Lima
Almeida, 36, confessaram a autoria dos dois assassinatos e foram levados à
delegacia da cidade para prestar depoimento.
A
Penitenciária de Itirapina estava com o triplo de sua capacidade. Construída
para abrigar 210 presos no regime fechado, ela estava até esta segunda com 602
detentos. Ainda segundo a SAP, a rebelião terminou sem nenhum refém
ferido e também não houve danos ao patrimônio. Dentro do presídio foram
encontrados três espetos de madeira e cinco facas artesanais tipo estiletes. Fonte: Espaço Aberto |