Os pais não entendem por que houve essa mudança, já que no KM12 havia 27 crianças estudando e no KM 10 existem apenas seis, salientando também que os dois prédios são do mesmo tamanho, com duas salas, cantina e banheiro. "Se for preciso nós mesmo reformamos a escola e enquanto aqui não voltar a funcionar, meus filhos não estudam. Aqui toda semana a gente está na escola para saber como anda e lá não tem como a gente ir caminhando”, disse Jozefa Pereira dos Santos, mãe de aluno.  

Pais do KM 12, povoado de Capim Grosso, vivem um embate com a Prefeitura Municipal de Capim Grosso para a reabertura do prédio escolar Luciano da Silva, existente no local, que foi fechado pela atual gestão. A decisão de desativação da citada escola se deu ao fato da prefeitura não achar necessário o funcionamento de duas escolas próximas, pois também há outra no KM10, optando pela segunda para a continuação das aulas daquelas comunidades.

Mas os pais dos alunos do KM 12 não se conformam com a mudança, alegando que não foram convocados para a reunião onde foi tomada a decisão e estão fazendo de tudo para que a escola seja reaberta. Sendo realizadas já diversas reuniões com representantes do executivo e se apresentando aos meios de comunicação do município.

Na última terça-feira (22) a secretária de educação de Capim Grosso Neide Almeida foi até o prédio para uma reunião com os pais tentando resolver a situação. Na ocasião a secretária mostrou estar a favor dos pais, informando que também não estava presente na reunião de resolução e, portanto não pode opinar, "vim aqui para dar uma resposta aos pais, mas não posso mudar a determinação da prefeita. E ela disse que por enquanto a decisão continua e que terá transporte para levar aos alunos”, explanou Neide ao FR.

A professora da unidade Vera Lucia Carneiro informou ao FR que a escola funciona desde 1980 e que o prédio tem toda a documentação de doação do terreno, enquanto que a do KM 10 não tem. "Chego lá (escola do KM10) para dar aula para seis alunos e quando passo na rua meus alunos daqui ficam perguntando quando vai ter aula”, salientou.

Muitas alegaram que tudo isso se trata de "picuinha” política, mas ainda não se tem maiores informações dessa natureza.

O FR esteve na unidade do KM10 que foi reformado pela prefeitura e logo notou uma janela aberta, demonstrando insegurança no local, que também não possui muros como a Luciano, mas a comunidade mora mais próxima.