Meiga, extrovertida, sorridente, alegre,
inteligente, carinhosa e de bom coração. Era assim que amigos e
familiares definem a estudante Rayssa Gabriela de Oliveira, de 17 anos,
que foi sequestrada, torturada e morta com vários tiros de pistola em
Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Eles contam que
a rotina da adolescente se resumia a ir para a escola, casa e cuidar do
filho. As investigações já foram iniciadas pela Polícia Civil.
Uma amiga, que pediu para ter sua
identidade preservada questiona o motivo de Rayssa ter sido o alvo. "Até
agora não consigo acreditar, estou perplexa. Não tinha porque ser ela.
Porque fizeram isso com ela, uma menina do bem”, lamentou. Rayssa morava no bairro de Paripe na
casa dos pais. A adolescente deixa um filho de 1 anos e seis meses de
idade, que ainda estava amamentando.
Emboscada
De acordo com informações preliminares, a
garota teria caído em uma emboscada, após ter sido atraída para um
local onde foi sequestrada, torturada e morta. Rayssa foi executada com
diversos tiros em uma área de mata, no bairro Ilha de São João, nas
proximidades da Marinha do Brasil. O crime aconteceu na noite da última quarta-feira (10/04),
mas o corpo da jovem só foi removido para Instituto Médico Legal, Nina
Rodrigues, nesta quinta-feira (11/04). Rayssa estava vestida com uma
camisa verde da seleção brasileira e uma bermuda jeans azul. O homicídio
foi confirmado pela a assessoria de comunicação da 22ª Companhia
Independente de Polícia Militar (CIPM/Simões Filho). A PM informou ao SIMÕES FILHO ONLINE que a garota foi atingida por disparos de arma de fogo no rosto e no pescoço.
Irmã nasce no mesmo dia
De acordo com uma amiga da família, que
prefere ter seu nome preservado, enquanto Rayssa estava nas mãos de
criminosos sendo executada, a sua mãe dava luz ao seu irmãozinho em um
hospital da capital – ela não imaginava que ao ganhar uma filha, perdia
outra de uma forma brutal. Rayssa será sepultada neste sábado (13/04),
quando sua mãe terá alta do hospital para participar do enterro. O
enterro deve acontecer no cemitério de Paripe.
Despedida
Aos amigos e parentes da vítima, ficou a
tristeza e a perplexidade deixadas pelo assassinato. Homenagens também
foram postadas nas redes sociais. "Não tinha quem não gostasse de
Rayssa. Era uma menina boa. Ainda não acredito no que aconteceu”,
escreveu um amigo da vítima. Outro disse: "Até quando meu Deus? Coloco
em tuas mãos o sofrimento dos pais e familiares da amiga de minha filha.
Vai com Deus Rayssa Gabriela”.
Familiares também utilizaram as redes
sociais para agradecer o apoio recebido nesse momento de dor. "Obrigado a
todos pelo carinho que tá tendo com minha sobrinha, família e amigos.
Tenho certeza que onde quer que ela esteja está orando por todos nós”,
agradeceu.
Investigação
As condições e ferimentos que a jovem
tinha pelo corpo demonstram que a menina deve ter sofrido bastante antes
de morrer. Hematomas no rosto, os dentes quebrados e diversos
ferimentos por todo o corpo deixam à polícia o alerta de que garota
possa ter sido torturada até a execução.
A Polícia Civil ainda busca maiores
informações sobre a ocorrência e não descarta nenhuma linha de
investigação. O familiares da menina morta devem ser ouvidos nos
próximos dias. O caso deve ser investigado pela Delegacia de Homicídios e
Proteção a Pessoa (DHPP), com o apoio da 22ª Delegacia Territorial de
Simões Filho (DT). Simões Filho Online
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