A Polícia Federal pediu o afastamento do deputado
estadual Roberto Carlos (PDT) e de outras oito pessoas depois de
indiciá-los por formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e
lavagem de dinheiro. Os suspeitos foram alvo da Operação Detalhes,
encerrada no dia 9 de agosto.
O inquérito policial sobre o caso já foi relatado e
enviado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF). Em
nota, a Polícia Federal informa que "representou ao Poder Judiciário
Federal pelo afastametno dos envolvidos do exercício de suas funções
públicas".
A partir de agora, o caso passa para a jurisdição do Poder Judiciário e dos Ministério Públicos Federais.
Operação Detalhes A operação foi realizada pela Polícia Federal em abril deste ano e chegou a fazer uma busca no gabinete de Roberto Carlos
na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Ele é acusado de desvio de
verba pública, sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de
dinheiro.
A investigação da PF levou dois anos e constatou que
o deputado contratou servidores fantasmas e desviou os salários (entre
R$ 3 mil e R$ 8 mil) para contas de sua mulher e de um de seus filhos.
Outras oito pessoas são acusadas de participar do esquema.
A operação 'Detalhes' cumpriu 12 mandados de busca e
apreensão no gabinete e em propriedades do deputado nos municípios de
Juazeiro, base eleitoral do parlamentar, Uauá e Petrolina (PE). Os
mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
em Brasília.
As irregularidades constatadas pela PF são
referentes ao período entre 2008 e 2010, época do primeiro mandado do
deputado. Roberto Carlos, que é presidente do clube de futebol Sociedade
Desportiva Juazeirense, cumpre o segundo mandato como deputado
estadual.
Perseguição Na ocasião, Roberto Carlos atribuiu as acusações a uma perseguição
"política e futebolística". O parlamentar diz que as denúncias só
foram feitas porque ele é candidato à prefeitura de Juazeiro e
presidente do Juazeirense, clube que disputa a primeira divisão do
campeonato baiano de futebol.
O deputado não foi encontrado nesta quinta-feira (16) para comentar o pedido de afastamento da PF.
Fonte: Correio24horas
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