
O ministro dos Transportes, César Borges, disse
nesta sexta-feira (16) que o Orçamento do governo federal para 2014 prevê o
gasto de R$ 267 milhões para investimento no projeto executivo do primeiro
trem-bala brasileiro, que deve ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de
Janeiro, e cujo leilão, marcado para setembro, foi adiado nesta semana
pelo governo por tempo indeterminado. Em entrevista concedida a
jornalistas em Brasília, Borges negou a informação, publicada nesta sexta pelo
jornal "O Globo”, de que, mesmo sem sair do papel, o trem-bala deve custar aos
cofres públicos pelo menos R$ 1 bilhão até o fim do governo da presidente Dilma
Rousseff, sendo R$ 900 milhões com a preparação do projeto executivo. Segundo o
jornal, a informação foi dada pelo presidente da Empresa de Planejamento e
Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, resposável pelo trem-bala. "Não
haverá este gasto [de R$ 900 milhões com o projeto executivo], posso afirmar a
vocês. Se eventualmente tiver necessidade de mais ou não [do que os R$ 267
milhões previstos no Orçamento], vamos avaliar. Mas nunca chegaremos a esse
número [de R$ 900 milhões], posso afiançar a vocês”, disse o ministro.
De acordo com Borges, o número informado pelo
presidente da EPL ao "O Globo” é "apenas uma estimativa com base no valor do
projeto.” Ele não soube dizer qual é a real expectativa do governo para o custo
do projeto executivo, mas apontou que há "uma determinação política” para que
ele não ultrapasse os R$ 267 milhões. Borges voltou a dizer que o governo
não desistiu de leiloar o primeiro trem-bala brasileiro. Nesta semana, o
ministro anunciou mais um adiamento da primeira licitação, para contratar a
empresa que forneceria a tecnologia e seria a operadora do veículo, marcada
para setembro. "O governo adiou o projeto, mas não abriu mão dele. O
projeto vai andar. Não tenho dúvida de que o Brasil tem necessidade e vai ter o
trem-bala nesse eixo Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro”, disse. Custo
A estimativa da EPL é que o custo total do projeto
do trem de alta velocidade (TAV) fique em R$ 35,637 bilhões. Esses gastos, no
entanto, incluem a primeira etapa da licitação do empreendimento, relacionada à
compra de trens, vagões e serviços complementares, a um custo de R$ 8,7 bilhões
– fase que inclui a contração da empresa que será responsável por implementar a
tecnologia do trem de alta velocidade e operar o serviço pelo prazo de
concessão de 40 anos – e as obras de construção civil, que deverão consumir R$
26,9 bilhões.
Fonte: G1.com |