De
acordo com a investigação da Polícia Federal na Bahia, o esquema de
fraudes em licitação e convênios com prefeituras para o desvio de
verbas repassadas pela União era comandado pelo empresário Edison Cruz,
preso com a mulher e o filho. Ele criou dezenas de empresas, através de
laranjas, para simular concorrências e variar o ramo do serviço a ser
prestado (de merenda escolar, medicamentos, à execução de obras
públicas). Em um dos casos, em Utinga, houve simulação de licitação
para a aquisição de alimentos destinados aos colégios do município. A
vencedora do certame foi justamente a Sustare, com um contrato de R$ 49
mil. Concorreram duas outras empresas, sendo que uma, a Ana Moema Paim
Vilas Boas, tem a mesma representante que a Sustare (o que sugere serem
do mesmo dono), e a outra empresa, a E. M. dos Anjos,declarou não ter
se inscrito para a licitação (a participação teria sido forjada). |