
Durante a apresentação de um relatório sobre a liberdade de imprensa no
mundo, o jornalista Pepa Bueno afirmou que a situação parece estar piorando e
longe de obter uma melhorar, mesmo que no Brasil e no México existam algumas
brechas por onde escapam o direito da informação. - Foi um ano funesto - disse o presidente do braço espanhol
da RSF, Malén Aznárez, que condenou os ataques mortais contra mensageiros, uma
vez que eles "passaram de vítimas a alvos de guerrilhas, grupos radicais,
traficantes de drogas ou fazendeiros”. Apesar das esperanças despertadas durante a Primavera Árabe,
a organização não governamental avalia que os meios de comunicação não criaram
leis em favor da pluralidade. Em Omã, por exemplo, os blogueiros são
perseguidos, mas o verdadeiro "buraco negro” africano é na Somália, onde 18
jornalistas foram mortos a tiros e decapitados por guerrilheiros islâmicos ou
clãs locais. Os Repórteres Sem Fronteiras
expressaram também preocupação com a censura na internet e com as pressões do
governo para que grandes empresas como o Google se tornem filtros. Aznárez
disse que apenas um em cada quatro usuários tem acesso livre a web. O diretor
do Google William Echikson lembrou que a censura é exercida em 40 países, onde
as informações são rastreadas ou bloqueados. Segundo ele, o Google tem
problemas em cerca de trinta países e, no Brasil, o responsável pela empresa foi acusado "de ser contra a
democracia”. Fonte: Voz da Bahia |