Em seu primeiro teste parlamentar, o Governo Dilma Roussef saiu
vitorioso e a Câmara dos Deputados aprovou integralmente, na madrugada
desta quinta-feira (17), o projeto de reajuste do salário mínimo, que
prevê um aumento de cinco reais. Com isso, o salário que atualmente é
de R$ 540 passa para R$ 545.
A votação na Câmara durou quase dez horas. A oposição queria um aumento
maior, mas não conseguiu combater a ampla base governista. O PSDB
propôs um reajuste para 600 reais, mas o plenário rejeitou com 376
votos contra e 106 a favor. Os Democratas propuseram um aumento para
560, e também foram rejeitados com 361 votos contra e 120 a favor.
Então, valeu a vontade do governo. A adesão dos partidos ao reajuste proposto ficou da seguinte forma:
100% dos deputados do PMDB votaram com o governo, algo que jamais
ocorreu no governo Lula. O PSC, o PCdoB e o PRB também foram 100% leais
à imposição do governo.
O PT, legenda da presidente, deu 88% dos votos a favor da proposta do
governo. O PP, terceira maior legenda governista, apresentou 93% de
adesão, seguido pelo PR, com 92,5%, o PSB, com 97% e o PTB, com 95 % de
aprovação.
Da base aliada, o PDT, do ministro do Trabalho Carlos Lupi, foi o que
apresentou a menor taxa de fidelidade a Dilma, 59% dos votos.Parlamentares baianos
Na bancada baiana, os deputados federais que votaram a favor do aumento do mínimo para R$ 600 foram:
Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM)
Antonio Imbassahy (PSDB)
Fábio Souto (DEM)
Fernando Torres (DEM)
José Nunes (DEM)
Jutahy Junior (PSDB)
Luiz Argôlo (PP)
Oziel Oliveira (PDT)
Na segunda votação, votaram a favor do aumento para R$ 560:
Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM)
Antonio Imbassahy (PSDB)
Claudio Cajado (DEM)
Fábio Souto (DEM)
Fernando Torres (DEM)
Jutahy Junior (PSDB)
José Nunes (DEM)
O deputado Paulo Magalhães (DEM) não teve o voto registrado na sessão.
Os demais ficaram com o governo e votaram contra as emendas propostas
pelo PSDB e DEM.
Durante a sessão, o plenário aprovou em votação simbólica, a política
de valorização do salário até 2015, com base na regra de aplicação da
inflação mais o índice de crescimento da economia de dois anos antes.
Na próxima semana, a proposta deve ser votada no Senado, mas caso os
senadores façam modificações, ela voltará para a Câmara. Caso
contrário, será enviada para sanção presidencial.Veja abaixo a votação de todos os parlamentares para o mínimo de R$ 545.
Fonte: Metrópole FM
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