Demitido pelo jornal A Tarde no
último dia 8 de fevereiro por pressões do mercado imobiliário, o
repórter Aguirre Peixoto aceitou retornar ao trabalho sem qualquer
punição, abono sobre os dias afastado e usufruto imediato de banco de
horas por 13 dias. O
anúncio oficial do retorno foi feito nesta terça-feira, dia 15, às 12h,
e atenua uma das maiores crises de credibilidade do jornal A Tarde
perto de completar 100 anos.Municiados
pelas redes sociais, membros da redação realizaram mobilização singular
na história do veículo e do jornalismo baiano para a direção desfazer
da demissão. As máquinas chegaram a parar por duas horas e meia durante
um dia, três assembléias foram realizadas com média de duração de duas
horas, uma comissão foi responsável por estabelecer diálogo com a
direção e a possibilidade de estado de greve só foi desfeita na
segunda-feira, dia 14, quando Aguirre foi negociar seu retorno.A
presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie
Moura, há 17 anos no jornal, recorda de revoltas pontuais, mas nada que
se iguale as reivindicações atuais. Já Celso Schroeder, presidente da
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), vai além, para ele nos
últimos dez anos essa é mais simbólica manifestação da categoria no
país. |