O Ministério Público do Trabalho (MPT),
com sede em Presidente Prudente, abriu investigação nesta quarta-feira (11)
para apurar as mortes de dois trabalhadores da empreiteira OAS, em Regente
Feijó. De acordo com o órgão, agora os procuradores irão analisar todas as
evidências dos casos, além de pedir uma vistoria dos auditores ficais do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no local. Ainda
segundo o órgão, a expectativa é de que até o fim dessa semana o MPT finalize
essa primeira fase do trabalho. Posteriormente, os procuradores do Trabalho
decidirão se vão ou não abrir inquérito civil público contra a OAS. Entenda o caso A primeira
morte foi
registrada na última segunda-feira (9). A vítima, que tinha 24 anos, foi
internada com outros oito pacientes que sofriam dos mesmos sintomas. O segundo
óbito foi constatado na noite dessa terça-feira (10) e se trata de um rapaz que
tinha 25 anos. Ambos estavam internados no Hospital Regional (HR) de Presidente
Prudente, segundo informações uma das vítimas é natural
do Distrito de Pedras Altas do Mirim, no Município de Capim Grosso. Além
deles, ainda estão internados sete pacientes, sendo que quatro estão no
Hospital de Maternidade de Regente Feijó, e outros três, no HR. Em
decorrência das mortes, cerca de 700 funcionários da empresa fizeram
um protesto na
Rodovia Raposo Tavares na manhã desta quarta-feira (11). Os manifestantes
alegam que a empresa não fornece informações sobre os casos e reclamam sobre a
falta de higiene nos refeitórios e alojamentos, além de más condições de
trabalho. Outro lado Ontem,
quando foi noticiada a primeira morte, a Concessionária Auto Raposo Tavares
(Cart), para quem a OAS presta serviços na região, informou por meio de nota
que "a prestadora de serviço está trabalhando em conjunto com as
autoridades para averiguar o problema de saúde dos funcionários. Paralelamente,
está prestando assistência aos colaboradores". Os quatro trabalhadores da empreiteira que estavam
internados no Hospital Regional de Presidente Prudente receberam
alta na manhã desta quinta-feira (12).
Ainda não se sabe o que motivou os
sintomas - dores na nuca, cabeça e abdome, vômito e diarreia -, semelhantes em
todos os casos. Entretanto, o HR informou em coletiva de imprensa que exames já
descartaram a suspeita de meningite e que não é possível afirmar que houve
contaminação de comida, água ou contato com veneno. |