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9:52 PM
Militares da PM e do Exército são afastados do Complexo do Alemão por suspeita de furto
Cinquenta e três homens da Força de Pacificação, que atuavam na região
da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, são
investigados sob suspeita de furto na região.
Foram afastados das atividades 30 homens do Exército e 23 da Polícia Miliar, que faziam patrulhamento no local.
O afastamento começou no dia 4 de janeiro, quando surgiram denúncias de
integrantes do próprio batalhão do Exército contra o tenente que
comandava a tropa. Ele teria furtado, no dia anterior, um aparelho de
ar-condicionado e outros objetos de uma casa abandonada.
Segundo o major Fabiano Lima de Carvalho, da Seção de Comunicação
Social da Força de Pacificação, é investigada a conduta do tenente, e
os demais militares - sargentos, cabos e soldados - inicialmente estão
no processo como testemunhas, mas a investigação apura também o
envolvimento desses integrantes do batalhão.
As investigações ainda estão em andamento e pode ser instaurado um
inquérito policial militar. Se houver comprovação de crimes, os
suspeitos devem ser expulsos.
O major da Força de Pacificação explica que a expulsão pode acontecer
de duas formas: se houver condenação superior a dois anos na Justiça
Militar ou se for constatada quebra de código de ética por um Conselho
de Justificação do Exército.
A Polícia Militar também abriu sindicância para investigar o caso. Os
policiais foram afastados logo após a PM receber um documento do
comandante da Força de Pacificação, General Fernando José Lavaquial
Sardenberg, solicitando o afastamento.
Outras 55 denúncias de abusos relatadas por moradores são investigadas
pela Polícia Militar. Já o Exército afirma que esse caso foi o único
com suspeita de envolvimento de militares até agora.
A FPaz (Força de Pacificação), que atua nos complexos da Penha e do
Alemão desde dezembro, é composta por 1.937 homens. São 1.667 militares
das Forças Armadas, 240 policiais militares e 30 policiais civis.