
O Ministério da Educação vai mudar trecho
de questionário para inscrição no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ao
fazer o processo, por meio de site específico, o candidato preenche um
questionário socioeconômico e declara informações como o grau de escolaridade
dos pais, o rendimento mensal da família e o que possui em casa. É justamente
esse último ponto que será alterado. Entre os pontos questionados na pergunta
("Você tem em sua residência?") estavam, além de itens como rádio,
automóvel, telefone celular e acesso à internet, o item "empregada mensalista”.
"O ministro Aloizio Mercadante considera que a forma da pergunta que se refere
a trabalhadores domésticos é inadequada, e vai encaminhar a necessidade de sua
adequação, preservando os critérios técnicos, mas garantindo integralmente o
respeito àqueles trabalhadores”, afirma trecho de nota do MEC sobre o assunto.
A assessoria de imprensa da pasta destacou ainda que o questionário "tem o
objetivo de ajudar a identificar fatores para entender e explicar o desempenho
do participante” e que as questões estão baseadas "no Critério de Classificação
Econômica Brasil (CCEB), organizado pela Associação Brasileira de Empresas de
Pesquisa (ABEP)”. "As questões que identificam a classe social estão em
sequência”, diz a nota.
Enem 2013
O número de inscrições na edição deste ano foi recorde: ao todo, foram
7.834.024 candidatos. Em 2012, foram 6,4 milhões. A região Sudeste foi a que
mais teve inscrições com pouco mais de 2.832.082 milhões de candidatos na
região. O Estado de São Paulo concentrou o maior número de inscritos com 1,23
milhão, o que equivale a 15,8% do total. Os Estados do Amapá, Ceará e Tocantins
registraram os maiores índices de crescimento do número de inscritos em
comparação ao ano passado - 56,36%, 40,36% e 38,95%, respectivamente.
O número de candidatos que efetivamente fará a prova pode cair, já que
estudantes pagantes tiveram até quarta-feira (29) depositar a taxa de
inscrição. Estão automaticamente isentos do pagamento os estudantes que
concluem o ensino médio em 2013, matriculados em escolas da rede pública
declarada ao Censo Escolar da Educação Básica. O participante que tiver renda
familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio também não
precisa pagar para fazer a prova.
Concluintes
Mercadante destacou ainda que quase a totalidade dos concluintes do ensino
médio deste ano, segundo previsão da pasta, farão o Enem 2013. Ao todo, são
1,63 milhão de concluintes dessa etapa do ensino inscritos na edição deste ano.
A estimativa do MEC é de que ao todo são 1,8 milhão de concluintes no país,
entre alunos da rede pública e privada. "O Enem virou quase que um objetivo
universal para os estudantes do ensino médio do país”, disse Mercadante.
Provas
As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro, a partir das 13h. Os
portões, porém, serão abertos às 12h. O resultado no exame permite ao candidato
a participação no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em
instituições públicas de educação superior.
O MEC destaca também que uma boa avaliação no Enem é requisito para
participação do estudante nos programas ProUni (Universidade para Todos) e
Ciência sem Fronteiras e para receber o benefício do Fies (Fundo de
Financiamento Estudantil).
Para o ministro Aloizio Mercadante (Educação), o Sisu (Sistema de Seleção
Unificado), a política de cotas, as bolsas do Prouni e o Fies, por exemplo, são
fatores que ajudaram a impulsionar o número de inscritos no exame. "Tudo isso
levou a uma expansão muito grande”, disse o ministro em coletiva de imprensa na
terça-feira (28).
Problemas
Na madrugada de segunda-feira (27), último dia para o candidato realizar a
inscrição, uma mensagem de "inscrições encerradas” apareceu indevidamente no
site do Enem 2013. A mensagem incorreta permaneceu no ar por cerca de 15
minutos - nesse período, o processo de inscrição não foi interrompido, disse a
pasta.
Na terça-feira, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) informou que o site
para inscrições do Enem 2013 sofreu dois ataques de hackers, de impacto
"pequeno e médio” no sistema. Os ataques, disse o ministro, não impactaram no
processo de inscrição e não teve a ver com a falha momentânea que aconteceu na
segunda. Fonte: Correio
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