O
consultor de empresas Umberto de Sousa, de 41 anos, salvou a vida de dois
policiais militares feridos com golpes de faca, em Santana, a 17 quilômetros de
Macapá, na noite de quinta-feira (9). Sousa ficou conhecido nas redes sociais a
partir de dezembro de 2013, quando passou a utilizar o Facebook para encontrar
duas garotas suspeitas de terem matado o seu filho, Júlio Natan, em 30 de
novembro, durante um festival de música na capital. Uma das adolescentes foi
presa, mas outra segue foragida. O consultor de empresas, que chegou a oferecer
uma recompensa de R$ 1 mil para quem o ajudasse a encontrar uma das menores,
estava em Santana para checar uma pista sobre a localização da adolescente,
segundo informou."Eu estava na frente da casa de um sobrinho, em Santana,
quando escutei um tiro. Fui ver o que era, avistei o policial cambaleando
pedindo ajuda, dizendo ser militar. Ele ainda chegou a pedir ajuda a um
motorista, mas a pessoa não parou. Nesse momento eu peguei o meu carro e o
levei ao hospital junto com outro policial, que também estava bastante
ferido", relatou o consultor de empresas.Segundo o Centro Integrado de
Operações em Defesa Social (Ciodes), um soldado e um sargento da Polícia
Militar (PM) foram atingidos com golpes de faca por um homem de 19 anos,
suspeito de roubar um parente do policial, em Santana. O suspeito morreu com um
disparo de arma de fogo, efetuado pelo próprio PM, durante luta corporal entre
os dois. Os policiais não estavam em serviço, conforme a PM. "Eu coloquei
os policiais no meu carro e os levei ao hospital. Eles estavam desesperados e
perdiam muito sangue", contou Sousa.O sargento da PM deu entrada em estado
grave no hospital de Santana. Ele foi atingido com duas facadas, uma nas costas
e outra no peito. "O sargento passou por uma cirurgia e não tem mais risco
de morrer", disse o consultor de empresa, que lamentou que o filho Júlio
Natan não tenha recebido ajuda semelhante momentos antes de morrer."Amigos
do meu filho disseram que chegaram a pedir ajuda pra muita gente, mas ninguém
se ofereceu. Isso poderia salvá-lo", destacou Sousa. Júlio Natan foi
assassinado aos 15 anos, com um golpe no pescoço, em frente a Casa do Artesão,
no Centro da capital. Ele participava de um festival de música no local.
O crime teria sido praticado por duas adolescentes, conforme a investigação da
polícia. Uma delas foi apreendida no dia 6 de dezembro. A outra está com
mandado de apreensão em aberto e continua foragida.
Inquérito
Umberto de Sousa avaliou como "prematura" a conclusão da Polícia
Civil sobre a possível motivação para o assassinato do filho dele.O delegado
Plínio Roriz disse que o crime foi provocado por uma postagem do menor de idade
em uma rede social. A vítima teria ofendido uma das suspeitas do homicídio pelo
Facebook, segundo concluiu o delegado. Roriz presidiu o inquérito do crime na
Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai). "Acredito que a
afirmação do delegado foi prematura porque ainda tem uma suspeita foragida. Eu
não consegui localizar essa ofensa e ninguém fez print disso. Mas se ocorreu,
nenhuma ofensa daria motivos para matar alguém porque existem leis para
punir", frisou o pai, que está mobilizando um ato público para o dia 15 de
janeiro em frente ao Fórum de Macapá. O evento iniciará às 9h e pretende chamar
a atenção da Justiça para o caso. Desde o dia do crime, o consultor de empresas
utiliza o Facebook para encontrar pistas do paradeiro da adolescente foragida.
Para ele, se realmente houve ofensa, indica que o crime teria sido premeditado. fonte: G1 noticias
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