Autuado
em flagrante por homicídio qualificado, o perito criminalístico Urandi
Alves de Santana, 52 anos, que assassinou com um tiro na cabeça o
vigilante José Erlon Oliveira da Santana, 32, na noite de
quarta-feira (04), no condomínio onde reside, à Rua Oswaldo Barreto, em
Ipitanga, permanece custodiado na Corregedoria da Polícia Civil
(Correpol) à disposição da Justiça Criminal. Moradores do local
informaram que Urandi disparou um revólver calibre 38 apenas por ter se
incomodado com o som do apito utilizado pelo vigilante nas rondas pelo
condomínio.
Investigadores
da 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas), com o apoio de uma
guarnição da Polícia Militar evitaram que os vizinhos, revoltados com o
crime, invadissem a casa do perito, conduzido para a Correpol, no Rio
Vermelho, por volta de 22h30min. Interrogado pelos delegados Jackson
Carvalho e Rejane Dourado, ele recusou-se a falar sobre o homicídio,
praticado, segundo a corregedora chefe, Iracema Silva de Jesus, por
motivo fútil e sem que a vítima tivesse chance de defesa.
O
revólver calibre 38, com quatro cartuchos intactos e um deflagrado,
apreendido com o homicida, já foi encaminhado para perícia no
Departamento de Polícia Técnica (DPT). Exercendo a função de perito
criminalístico há 12 anos, Urandi havia de desentendido com o vigilante
alguns dias antes do crime, por este ter lhe comunicado que os moradores
do condomínio estavam incomodados com o latido e a ferocidade de seu
cão, com o qual passeava à noite pela Rua Oswaldo Barreto e adjacências.
DPT
O
Departamento de Polícia Técnica (DPT) esclarece que o Perito Criminal
Urandi Alves de Santana, responderá a Processo Administrativo
Disciplinar (PAD) que será instaurado pela Corregedoria do DPT para
apurar as circunstâncias do fato. Após a conclusão do PAD serão tomadas,
com rigor, as medidas correicionais necessárias, segundo informou em
nota a instituição. A Polícia Técnica informa ainda que o perito não
estava em atividade no momento do crime e que a arma apreendida com ele
era de uso pessoal.