
O jornalista Rodrigo Neto, conhecido por denunciar crimes
praticados por grupos de extermínio no Vale do Aço, leste de Minas, foi
assassinado a tiros, na madrugada de sexta-feira, em Ipatinga (a 223 quilômetros
de Belo Horizonte). Ele foi surpreendido por dois pistoleiros quando deixava, à
0h32m, o bar Churrasquinho do Baiano, no bairro Canaã. Os assassinos chegaram
de moto e, sem tirar os capacetes, fizeram cinco disparos. Dois deles atingiram
o jornalista na cabeça e no tórax. O presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Assembléia Legislativa de Minas, deputado Durval Ângelo (PT), disse que, há
uma semana, Rodrigo Neto o procurou para denunciar o assassinato de um idoso em
Santana do Paraíso (Vale do Aço). O jornalista suspeitava de vingança, pois a
vítima era pai de um dos suspeitos da morte, duas semanas antes, de um cabo da
PM supostamente envolvido com grupos de extermínio. Durval Ângelo, que estará
em Ipatinga na semana que vem, revelou também que, em conversa com Rodrigo
Neto, soube que o jornalista estava escrevendo com um colega, cujo nome mantém
em segredo, um livro chamado "Crimes perfeitos”, sobre assassinatos em série na
região envolvendo quadrilhas formadas por policiais militares e civis. Fonte: Voz da Bahia |