O INSS acolheu parcialmente um recurso em
que Dilma Rousseff pedia a reconsideração de seu tempo de contribuição
previdenicária. Num processo administrativo interno, o órgão reconheceu
os 23 anos em que ela ficou afastada da Fundação de Economia e
Estatística Siegfried Emanuel Heuser, do Rio Grande do Sul, por
perseguição política. Participante da luta armada contra o regime
militar, a petista foi desligada da instituição em abril de 1977, com o
selo de comunista. Em julho de 1990, porém, a ex-presidente recebeu a
anistia e, consequentemente, o direito voltar aos quadros da fundação.
De acordo com a coluna Radar, do site da revista Veja, Dilma receberá
por mês 5.200 reais de aposentadoria. Mas junto com a vitória, veio uma
fatura. O INSS obrigou a petista a devolver aos sofres públicos 6.800
reais. O valor, corrigido, se refere a um mês em que o benefício foi
pago indevidamente por erro de uma servidora. A ex-presidente alegou
que, por ser tratar de uma escorregada do próprio INSS e como não houve
má fé, ela não precisaria desembolsar a quantia. O Conselho de Recursos
da Previdência Social não se sensibilizou e manteve a ordem de
pagamento. Nada que arrebente o orçamento da política aposentada. Dilma
foi autorizada a quitar a dívida em prestações de 500 reais mensais. |