Durante uma operação da Lei Seca na última quinta-feira (21), na avenida
Centenário, um agente da Transalvador filmou o jornalista e
apresentador José Eduardo na abordagem. O caso foi divulgado nas redes
sociais e ganhou repercussão. Diante da exposição desnecessária, o
superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, entrou no ar durante o
Jornal da Bahia No Ar da Rádio Metrópole e pediu desculpas em nome do
órgão.
"Queria lamentar pela exposição desse vídeo. Ainda então, a blitz é
realizada em todo país, principalmente na semana nacional do trânsito e
reforçamos a ferramenta que é importantíssima para o transito. Não é de
forma nenhuma a conduta do órgão de trânsito. Peço desculpas em nome de
toda a Transalvador. Diariamente pessoas detidas, autoridades e
políticos. Mas elas não vazam e não podem vazar. Nem todas as abordagens
são gravadas. Acontecem algumas vezes quando a situação pode sair do
controle. Em nenhuma hipótese essas imagens deveriam ser vazadas",
afirmou o gestor do órgão.
Mário Kertész também se manifestou sobre o tema e questionou a
necessidade de expor a condição do apresentador. "Terra sem lei, como é
que um cidadão funcionário público da transalvador em uma operação
policial faz isso. Isso vai ficar assim mesmo? O que acontece é a
tentativa de execração pública", disse MK.
Fabrizzio Muller respondeu e disse que a conduta do agente não deverá
ficar impune. "Não podemos tolerar esse tipo de coisa. A função da blitz
não é execrar ninguém. O vazamento nós não podemos aceitar de forma
alguma", disse o superindentente.
Diante do caso, a Transalvador divulgou uma nota oficial e destacou que o
apresentador já foi abordado em outras blitzes, mas sem nenhum tipo de
exposição, nunca tendo sido flagrado ou autuado por consumo de álcool ao
volante. "Não é política da Transalvador a exposição dos cidadãos nem é
conduta incentivada pela autarquia o vazamento de imagens das
operações. Entretanto, é rotina o registro das abordagens, com fotos e
vídeos, sempre por meio do talonário eletrônico, sendo mais uma maneira
de salvaguardar a integridade de condutores e agentes de trânsito
envolvidos", afirma a nota.
Durante o programa, o advogado Ruy João também comentou o caso durante
entrevista ao Jornal da Bahia No Ar. "Na verdade, você exerceu um
direito, que é recusar a assoprar o bafômetro. O que se discute é a
exposição de sua imagem de forma sorrateira e vil. Isso precisa ser
apurada pela Transalvador", disse.
Fonte: Metro 1
Foto: Divulgação/Transalvador |