O horário de verão, que termina às zero hora do domingo, resultou numa
economia de R$ 405 milhões, custo evitado com geração termelétrica e
redução de carga nos horários mais demandados no final do dia, informou o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira. O
término do horário de verão, que alivia o carregamento das redes de
transmissão do País no horário de ponta, ocorre ainda num momento de
forte demanda de carga diante das altas temperaturas e enquanto o
período úmido ainda não se instalou, afetando o armazenamento de
reservatórios das hidrelétricas. Com
o fim do horário de verão, volta a ocorrer a coincidência do
acionamento da iluminação pública com o início do consumo residencial
mais intenso, que se dá quando os trabalhadores, após o trabalho, voltam
para casa. "Assim, passa a haver
um patamar de carga mais elevado entre 18 e 20 horas, bem maior do que
aquele que até o momento vem se verificando. Haverá, portanto, um
período adicional de estresse no sistema, que até o momento vem passando
por essa situação apenas entre 10 e 12 horas e entre 13 e 17 horas",
disse o presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia
Elétrica (ABCE), Carlos Ribeiro. Durante
o horário de verão houve redução de 2.565 megawatts (MW) de demanda de
energia no horário de ponta, que dá maior flexibilidade à operação e
manutenção em equipamentos. A
economia com geração térmica, para se preservar padrões de segurança do
sistema, foi de R$ 125 milhões desde outubro. Além disso, evitou-se o
custo adicional de R$ 280 milhões com geração térmica, que teria sido
necessária para atender a carga no horário de ponta. Somente
na região Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de consumo de energia
do país, a redução de carga no horário de ponta foi de 1.915 MW. No Sul,
a redução foi de 650 MW. "A redução representa aproximadamente 4% da
demanda de ponta dos dois subsistemas", afirmou o ONS em nota em seu
site. Já a redução de energia no
sistema foi de 295 MW médios, equivalentes a 0,5% da carga das regiões
envolvidas, dos quais 220 MW correspondem ao subsistema
Sudeste/Centro-Oeste e 75 MW ao subsistema Sul. (Reuters) |