O empresário e desenvolvedor de jogos digitais João Luiz Pott, de 46 anos, aproveitou a tarde de domingo (6) para passear com sua esposa e filha de três anos no Shopping Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Como de costume, ele deixou o carro no estacionamento VIP do complexo, por volta das 17h15, e levou a filha até o espaço infantil, antes de ir jantar com sua esposa. Ao retornar para o estacionamento, às 20h50, Pott e mulher ficaram perplexos ao encontrarem um pacote de camisinha aberto próximo a cadeirinha da criança. 

Revoltado, o carioca reclamou com funcionários da administração do setor. O episódio, entretanto, piorou quando sua mulher colocou a filha no assento e notou que o banco estava lotado de esperma. Após registrar o ocorrido no livro de ocorrências do shopping, Pott fez um boletim de ocorrência na 19ª DP.

"O carro veio com o manobrista, que entregou ele para mim. Assim que minha esposa abriu a porta de trás, ela encontrou a embalagem de camisinha já aberta ao lado do banquinho. Reclamei, chamei todo mundo. Atordoado, eu nem imaginava que pudesse haver esperma", disse o empresário em estrevista ao portal da RedeTV!. "Pedi para falar com o resposável, e os funcionários disseram que ele não iria aparecer. Eu não queria registrar um boletim de ocorrência. Quando entrei no carro, minha mulher e filha encostaram na gosma branca. Depois disso, não aguentei", continuou. 

Em seguida, esposa e filha voltaram para casa de Uber e Pott continuou no local para resolver a situação. "Fiquei revoltado. Liguei para a polícia e eles disseram que não poderiam fazer nada. Eu que fosse para a 19ª DP, na qual eu fui. Lá, acho que a pessoa que me atendeu, o Batista, também deve ser pai, pois ele ficou igualmente revoltado", relatou o carioca ao portal da RedeTV!. "Ele levantou algumas hipóteses que eu nem tinha pensado. Ele disse 'olha, e se foi um pedófilo que está de olho em sua filha, já que você leva ela lá sempre?' ou 'e se aparece alguém que diz que foi estuprada dentro do carro?'. Existem várias possibilidades. Não sei o que aconteceu, só tenho certeza que deixei meu carro lá justamente para ter segurança, e não para usarem como motel. É responsabilidade do shopping isso", desabafou.

Ironicamente, a ideia de usar o estacionamento VIP surgiu depois que Pott e a esposa viram notícias de bandidos que perseguiam motoristas dentro de estacionamentos comuns para assaltá-los assim que retornassem ao veículo. O desenvolvedor de jogos digitais também afirmou que trocará de carro após o incidente. "Vou ter que trocar, não consigo mais usá-lo. Além de nojo, fiquei preocupado de meu carro estar marcado por um tarado", completou.

Por fim, ele confirmou que entrou em contato com advogados para processar o shopping, mas que continuará indo ao complexo. "Já falei com dois advogados, vou processar eles de todas as formas. Eu gosto muito do pessoal que me atende, e não vou deixar de ir no shopping, mas não usarei mais a área VIP do estacionamento", concluiu.

A assessoria do Shopping Tijuca entrou em contato com o Portal da RedeTV! dizendo que o local já está averiguando o caso em conjunto com a empresa operadora do estacionamento. A investigação, até o momento, segundo a assessoria, já constatou que durante todo o período em que o carro esteve na vaga, ele permaneceu fechado e nenhuma movimentação próxima ao veículo foi constatada.