
O Tribunal do Júri de Ubiratã, no Centro Ocidental paranaense, condenou um homem a 27 anos e oito meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado. O réu foi denunciado pela Promotoria de Justiça do município após ser acusado de sequestrar, matar e esquartejar uma colega de trabalho, na época com 25 anos, em junho de 2014.
De acordo com a Promotoria, os crimes ocorreram em 3 de junho de 2014, na mesma cidade do julgamento, quando o autor sequestrou a vítima, sob a alegação de que concederia a ela uma carona para o trabalho. Durante o trajeto, o homem mudou a rota, conduzindo o veículo até as proximidades da ponte do Rio Piquiri. No local, a vítima foi forçada a se despir e praticar atos libidinosos, mediante ameaças e violência física, enquanto era filmada. Depois foi morta por asfixia e teve o corpo esquartejado e encontrado dias depois nas águas do Rio Carajá.
O júri foi realizado pela Promotoria de Justiça de Icaraíma, cujo representante foi designado para atuar no Tribunal por ter oferecido a denúncia em 2014. A sessão foi realizada das 8 às 22 horas.
O crime
A investigação apurou que Anderson Oliveira saiu do turno de trabalho, no dia 03, mesmo dia do desaparecimento da jovem, de madrugada. O rapaz foi até o ponto onde Tatiane rotineiramente pegava o transporte para a empresa e ofereceu carona a ela. A jovem teria aceitado a carona do colega de trabalho e teria comentado que estava de posse de uma foto em que Anderson aparecia com o carro da cooperativa atolado.
Após isso, Anderson levou Tatiane às margens do Rio Piquiri, onde o vídeo foi gravado. Ele a forçou a tirar a roupa e ainda a agrediu. Segundo o inquérito, a jovem ainda implorou para não ser morta. A Polícia Civil não confirma se ela foi abusada sexualmente pelo assassino.
Anderson matou Tatiane esganada naquela mesmo dia. Ao perceber que a jovem estava morta, ele a levou até a Comunidade São Pedro, às margens do Rio Carajás, em uma área que conhecia bem. Ele ateou fogo nas roupas da jovem e em alguns pertences. De posse de um facão que carregava no carro ele esquartejou o corpo de Tatiane e jogou os pedaços no rio.
Após o crime, o jovem foi trabalhar, mesmo estando de atestado médico. A polícia disse ainda que Anderson estava com um brinco e uma corrente da jovem morta, no dia em que foi preso.
A investigação apurou ainda que Anderson, de posse do celular da jovem morta, enviou uma mensagem de texto à mãe dela e se passando por Tatiane, dizendo que estava indo a Cafelândia.
O aparelho celular da vítima foi destruído pelo assassino em uma caldeira. O vídeo apreendido pela polícia no celular de Anderson tem mais de um minuto de gravação que foi anexada ao inquérito. |