O
governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), chegou no início da noite
desta segunda-feira (20) a Macapá e reassumiu o cargo. Ele deixou a
carceragem da Polícia Federal, em Brasília, na noite deste sábado (18),
depois de ficar nove dias preso, suspeito de envolvimento em suposto
esquema de corrupção no estado.
Ao
desembarcar no aeroporto da capital do estado, Dias, que é candidato à
reeleição, e o ex-governador do estado, Waldez Góes (PDT), que concorre
ao Senado, foram recebidos pelos militantes de sua coligação com uma
carreata em direção ao centro da cidade. Góes também foi preso na
Operação Mãos Limpas da Polícia Federal (PF).
Os
dois são apontados pela PF e pelo Ministério Público Federal como
líderes de um suposto esquema de desvio de recursos públicos, por meio
de fraudes de licitações e cobrança de propina, em pelo menos seis dos
principais órgãos do governo local.
O
advogado do ex-governador, Cezar Bitencourt, afirmou que não há no
inquérito fatos que liguem seu cliente às irregularidades. Ele disse
ainda que vai entrar com representação criminal contra duas testemunhas
que, segundo ele, teriam feito acusações "falsas" contra Góes.
Nos
dias em que esteve preso, o governador foi substituído interinamente
pelo presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP), desembargador
Dôglas Evangelista Ramos. Segundo a assessoria do TJ-AP, como não há
mais impedimentos, Dias assumiu o cargo automaticamente quando retornou
ao estado.
Dias
e o ex-governador do estado foram libertados pela Polícia Federal na
noite deste sábado (18), por ordem do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), uma vez que expirou o prazo de cinco dias da prisão temporária
prorrogada no dia 14 de setembro.
Ao
todo, 18 pessoas chegaram a ser presas na operação, mas 12 haviam sido
libertadas na semana passada. Outros dois suspeitos de envolvimento na
operação Mãos Limpas permanecem sob prisão preventiva, de acordo com a
PF. |