Mais de dez pessoas foram presas e várias máquinas caça-níqueis
foram apreendidas pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (19),
durante a Operação Bancarrota, que visa desarticular organização
criminosa especializada na exploração de máquinas caça-níqueis no
município de Feira de Santana. De acordo com a PF foram
expedidos 15 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca
apreensão para serem cumpridos nos municípios de Feira de Santana/BA,
São Gonçalo dos Campos/BA e Rio de Janeiro/RJ.
Foram presos:
Andray Salvador Marais
João Carlos Lopes Pereira
José Carlos Ferreira Ribeiro
Josemá Ferreira de Araújo, conhecido como Mazinho.
Lindiane Ladslau dos Santos
Luis Dilmo Pereira Rios
Osmar dos Santos Ribeiro
Renilso José Ferreira de Ameida
Sisnando Sampaio de Oliveira
Ubiratan César de Oliveira
Waltemi Satele Souza
O superintendente José Maria disse durante entrevista coletiva hoje
que os acusados vão responder pelos crimes de contrabando, formação de
quadrilha e outros delitos que podem ser configurados no decorrer das
buscas.
Ele ressaltou que as máquinas serão encaminhadas por decisão judicial
para uma instituição de caridade, onde elas terão outra finalidade.
A polícia informou que Mazinho é proprietário de um dos depósitos
onde as máquinas eram montadas e exportadas, situada na rua Rio
Madeira, no bairro Santa Mônica II (foto).
O outro depósito, também no mesmo bairro, pertence a João Carlos Lopes, e está localizado na rua Anápoles.
Segundo informações um empresário do ramo de confecções, de Feira,
também foi preso. O superitendente José Maria, informou que o objetivo
da operação é retirar o capital dos integrantes para que eles não
possam se reestruturar.
"Todas as máquinas são programadas para não darem prêmio algum ou
apenas de 20 a 40% da premiação. Quase todas elas pelo que podemos
constatar são viciada,” enfatizou o superintendente explicando que
evidentemente, se elas dessem prêmios, os integrantes da quadrilha não
iriam obter lucros suficientes.Investigações
Durante
as investigações realizadas desde o recebimento de denúncia no início
do ano de 2008, verificou-se nos levantamentos a possível participação
de membros de forças policiais das áreas investigadas na atuação da
quadrilha.
As máquinas caça-níqueis eram montadas em Feira
de Santana e distribuídas em pontos naquela cidade, assim como para
outros municípios do interior do Estado e para Alagoas.
Segundo a polícia, a quadrilha desenvolveu um esquema de controle das
máquinas e de seus integrantes, consistente na afixação de "selos”
identificadores, com finalidade de evitar que as mesmas fossem
apreendidas. Os "selos” eram renovados mensalmente e o valor recolhido
como pagamento de tais etiquetas era repassado ao chefe da organização
criminosa, que garantia a operação das máquinas.
A polícia afirma que já foram coletadas provas do cometimento do crime
de contrabando, em razão da utilização de componentes estrangeiros nas
máquinas, bem como de formação de quadrilha e exploração de jogos de
azar, capitulados nos artigos arts. 334 e 288 do CPB e art. 50 da Lei
de Contravenções Penais. Buscam-se hoje provas da prática dos delitos
de corrupção ativa e passiva.
O nome Operação "Bancarrota” faz alusão ao objetivo buscado nessa
ação da Polícia Federal qual seja à quebra ou falência dos
proprietários de máquinas caça-níqueis em Feira de Santana/BA.
Fonte: Acorda Cidade e da Polícia Federal |