Uma
mulher, que estava grávida de gêmeos, passou maus momentos após dar a luz a um
dos bebês, na madrugada deste domingo (10), na Santa Casa de Misericórdia da
cidade de Ruy Barbosa, a 210 km de Feira de Santana. O segundo bebê ficou
atravessado na barriga com uma das mãos para fora e Iraildes Oliveira
Damasceno, 30 anos, precisou ser transferida para o Hospital Geral Clériston
Andrade (HGCA), onde chegou por volta das 5h30 e teve que esperar várias horas
para ser atendida. Como se não bastasse a dor que sentia, esperou várias horas
por atendimento e ainda sofreu um acidente dentro da ambulância. Quando
finalmente conseguiu atendimento, recebeu a notícia que o segundo bebê morreu.
O acidente não causou ferimentos a paciente. De acordo com uma técnica de
enfermagem que acompanhava Iraildes, logo quando chegaram ao HGCA receberam a
informação de que não tinha médico obstetra e ela ficou aguardando uma solução
dentro da ambulância de Ruy Barbosa, de placa NTO-0958. Momentos depois o
condutor do veículo, Salvador Barbosa Oliveira Filho, recebeu uma ligação do
chefe de transportes do município, informando que o médico de Ruy Barbosa
conseguiu transferência para o Hospital José Maria, em Salvador. Falando ao
telefone e apressado em sair do local para que a mulher recebesse atendimento,
o motorista perdeu o controle da direção e subiu no canteiro do estacionamento
do HGCA, colidindo em uma árvore e no veículo Fox, que pertence a enfermeira do
Clériston Andrade, Laydiane Almeida dos santos. Após o acidente, o motorista
voltou a conversar com um médico do HGCA, que estava tentando transferir
Iraildes para o Hospital da Mulher e resolveu aguardar o atendimento em Feira
de Santana mesmo. A mulher continuava na ambulância sentido muitas dores, e só
foi levada para dentro do hospital com a chegada da reportagem do site Acorda
Cidade. Iraildes foi atendida por volta das 7h30, mas o segundo bebê nasceu
morto. A mãe passa bem, assim como o outro bebê, que está na Santa Casa, em Ruy
Barbosa. A técnica de enfermagem Ivanide Machado, que acompanhava a paciente,
disse ao Acorda Cidade que o bebê não teria morrido se a mulher fosse atendida
logo quando chegou ao hospital. |