
Os casos de violência contra taxistas em
Feira de Santana têm acontecido com frequência. Nos últimos 11 meses, pelo
menos 5 casos foram noticiados pela imprensa local – um assaltante e dois
taxistas morreram. "Aqui, a cada dia que passa, a situação fica pior”, disse o
taxista Hildefonso Batista Lima, 61, que trabalha na cidade há 20
anos. Experiente, ele já foi assaltado quatro vezes, roubado outras duas. "Na
última vez, eu rolei no chão com o cara uns 15 minutos, foi a pior ideia que eu
tive. Ele estava com um pedaço de pau na cintura, dizendo que era uma arma.
Perdi o celular e R$ 50”, contou. Segundo ele, a categoria vem usando
meios para evitar assaltos ou pelo menos pedir ajuda em casos suspeitos, mas
nem sempre as medidas são eficazes. "Tem alguns paliativos que, às vezes,
ajudam. A gente trabalha com rádio amador, que é sempre em código, mas às vezes
o cara já entra no táxi e a primeira coisa que faz é mandar desligar”, disse.
Luciano, que não participava de cooperativa, também não tinha um rádio no carro. Embora
os casos apareçam com mais evidência quando resultam em morte, os assaltos são
quase diários. O presidente da Associação Metropolitana de Taxistas de
Salvador, Vandeilson Miguel, diz que muitos têm deixado de rodar durante a
noite ou passaram a usar o serviço de rádio. "Os crimes acontecem mais com quem
pega cliente na rua”, disse. Fonte: Correio
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