A fanfarra do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão de Negócios e Turismo Luiz Navarro de Brito (Ceep), localizado na Lapinha, em Salvador, foi a anfitriã, nesta sexta-feira (31), de uma apresentação pelas ruas do bairro. Com a participação das fanfarras do Colégio Estadual Visconde de Mauá (São Cristóvão), do Colégio Estadual Professor Carlos Alberto Cerqueira (São Caetano), e do Colégio Estadual João Caribe (São Thomé de Paripe), a ação teve como objetivo divulgar o trabalho realizado pelas escolas e promover a integração entre escola e comunidade, conforme prevê o programa estadual Educar para Transformar – um Pacto pela Educação.

“A ideia da atividade é promover um intercâmbio cultural entre os estudantes, para que possam interagir com outras escolas, e eles percebam que, além de desenvolvermos música, temos o lado educacional e social”, explicou a professora Zélia Vieira, responsável pela fanfarra, do Ceep que, após o desfile na Lapinha, promoveu um concurso entre as fanfarras participantes. “O concurso foi apenas uma disputa saudável para ensinar que, como tudo na vida, temos os momentos de vitórias e as derrotas”.

Motivação

Há cerca de cinco meses como integrante da fanfarra do Ceep, o estudante da 8ª série, Estevão Luiz Costa, falou da motivação de participar do projeto. “Eu não gostava de música, mas quando cheguei à escola e assisti à [apresentação] da fanfarra acabei me interessando. Hoje toco caixa e tenho interesse em continuar estudando música cada vez mais”.

À frente dos músicos, a aluna da 8ª série, Marina Vilas-Boas, do Colégio Estadual Professor Carlos Alberto Cerqueira, desenvolve coreografias ritmadas ao som de música como 'Maracangalha' e 'My Heart Will Go On' (tema do filme Titanic). “Há um cronograma de ensaios, mas nesta semana tivemos período maior devido à apresentação. O legal é que todos os integrantes participam por interesse próprio. Outra questão é que a disciplina dos ensaios nos ajuda também na escola e na vida pessoal”. 

Moradores da Lapinha acompanharam à apresentação dos estudantes. “Acho muito legal trazer esses projetos para a escola. Poder ver que os alunos estão empenhados em levar música para a comunidade [e isso] nos traz bastante felicidade”, ressaltou a dona de casa Sueli Costa.

Instrumentos

Desde 2007, a Secretaria da Educação do Estado vem buscando alternativas para implementar ações para acompanhar o trabalho pedagógico das fanfarras escolares, bem como apoiar na manutenção dos instrumentos musicais, reconhecendo que as fanfarras despertam o olhar e a sensibilidade do indivíduo para o trabalho participativo e em grupo. 

“A fanfarra não é apenas a música. O trabalho realizado com os estudantes tem o objetivo de manter a proposta da Secretaria da Educação do Estado que é ter o projeto como uma ferramenta pedagógica”, concluiu Hermival dos Santos, coordenador das fanfarras dos colégios estaduais Professor Carlos Alberto Cerqueira e João Caribé.

Fonte: SecomBA