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Main » 2011 » Outubro » 2 » EXPERIENTE POLICIAL DO COE É O MELHOR ATIRADOR DA POLÍCIA BAIANA
5:47 PM
EXPERIENTE POLICIAL DO COE É O MELHOR ATIRADOR DA POLÍCIA BAIANA


Reze! Se você é ladrão, traficante, estuprador, assaltante, assassino, enfim, se você é bandido; reze para um dia não cair na mira desse coroa aí da foto. Aos 69 anos, prestes a se aposentar, Álvaro Moraes de Castro, mais conhecido como Mestre Álvaro, é considerado o tiro mais certeiro da polícia baiana.

Com porte físico e pontaria de dar inveja a qualquer personagem do ator americano Charles Bronson, mestre Álvaro recebeu o CORREIO com dois companheiros de quem nunca se separa. A pistola .40 e o sorriso cheio de humildade. Apesar de ser policial civil, fez questão de prestar continência ao fotógrafo Almiro Lopes, o Maguila. "Conheço Maguila há muito tempo. Estou à disposição de vocês”, disparou. 

Instrutor de tiro da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), Mestre Álvaro é, há 23 anos, responsável pelo treinamento de praticamente todos os policiais civis baianos. Agentes, investigadores, escrivães e carcereiros de delegacia têm que passar por sua mão antes de atuar. Mas não só eles.

Em um caderno enorme, que guarda no armário, Álvaro registra o nome de milhares de pessoas para as quais ministrou curso. São delegados, policiais federais, advogados, capitães e coronéis da PM, promotores de justiça e do Ministério Público e até juízes e desembargadores. Todos vão calibrar a pontaria com Mestre Álvaro.

Sim, porque, apesar de investigador, Álvaro é tratado como mestre, inclusive pelos superiores. "Mestre Álvaro é meu eterno professor de tiro. Tem o meu respeito não só pela experiência como instrutor, mas pela experiência de vida. É uma figura importantíssima para a polícia”, diz o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Paixão, um dos seus alunos mais assíduos.

"Além de estudioso do assunto e de ter o dom de ensinar, Mestre Álvaro mostra qualidade na prática”, define o coordenador adjunto do COE, Marcos César da Silva. 

No caderno, boa parte tem o nome marcado de laranja. São os reprovados. "Vacilou, eu reprovo. Não passo a mão na cabeça de ninguém”.

Mestre Álvaro costuma viajar de um extremo a outro no estado para ministrar cursos. Na semana passada, treinou 156 juízes em Eunápolis, no Extremo Sul. Somente este ano, formou 21 turmas da Academia da Polícia Civil (Acadepol). Volta e meia, o pessoal do Exército, Marinha e Aeronáutica também passa no COE para tomar umas aulas.

Currículo
Numa dessas, foi nomeado Membro Honorário da Força Aérea. Somente um dos incontáveis títulos, troféus, medalhas, certificados e diplomas que acumula nas suas prateleiras e armários. Álvaro é hexacampeão brasileiro de tiro policial. Guarda também as fotos dos bandidos que conseguiu capturar. As imagens dos criminosos que morreram são marcadas, a caneta, com uma cruz. "Quantos o senhor já derrubou, mestre?”. "Aí você quer me complicar”, brinca.

O mesmo perfeccionismo que coloca no dedo indicador no momento do disparo, Álvaro aplica na vida. Para cada informação, uma prova. "Comigo é tudo preto no branco”, diz, mostrando um documento para cada curso que ministrou ou participou ao longo da carreira.

"Para você não pensar que eu estou mentindo, aqui está, ó. Tá vendo?”, repetiu dezenas de vezes, inclusive quando meteu o dedo mindinho na parte dos fundos do cano da pistola antes de posar para a foto apontando para a câmera. Queria mostrar que a arma estava realmente descarregada. "O controle tem que ser visual e tátil”, ensina. Não quero ferir meu amigo Maguila”.

Swat
Mistura de filósofo e professor de física, Mestre Álvaro alia teoria e prática. Explica a força de um tiro com equação matemática e teoriza sobre o sentido da vida. Mas nunca deixa a modéstia. "O que eu sei é muito pouco diante do que eu ignoro”.

É difícil arrancar de Mestre Álvaro um autoelogio. Até mesmo quando é fotografado ao lado do diploma de ‘Top Gun’ da equipe de instrutores de tiro da Swat, a polícia tática americana, considerada a melhor do mundo em ações de alto risco. "Eu fui lá aprender com eles”, desconversa, mostrando o colete de ‘Instrutor’ que ganhou na viagem.  

Mas, quando fala da qualidade do tiro da polícia, Mestre Álvaro é crítico. "Tem muito policial aí que não acerta uma folha de papel a menos de cinco metros de distância”, diz Álvaro, que culpa principalmente a falta de reciclagem. Os agentes, diz, passam por seu curso e não retornam. "O ideal seria que, de três em três meses, voltassem”.

No COE, o CORREIO conversou com três experientes policiais que admitiram não disparar um tiro em treinamento há mais de 15 anos. Segundo Álvaro, policiais novatos vão hoje para as ruas tendo disparado só 100 tiros no curso. O correto, diz ele, é disparar ao menos 400. "Fico triste quando vejo um colega perder a vida para um marginal por não saber manusear a arma”.

Mestre Álvaro está há 14 anos na Polícia Civil e há 12 no COE. Mas desde 1988 é instrutor da Acadepol. Credenciado pelo Exército e Polícia Federal há 28 anos, aprendeu a atirar nas Forças Armadas e se aprimorou quando fundou a Associação de Tiro da Bahia (ATB). Se eu fosse você, andava certo e não arriscava topar com o cara. Ou então, reze!

Atirador foi Top Gun da Swat em 2010

O certificado pregado na parede define o experiente atirador brasileiro em poucas palavras. "Um homem de mente clara e mão firme”. Os gringos estavam se referindo ao Mestre Álvaro Moraes de Castro, primeiro lugar no curso de tiro da Swat, a polícia tática americana. 


O Curso de Tiro de Combate Avançado foi realizado em Orlando, na Flórida, entre os dias 7 e 13 de novembro do ano passado. Depois de 80 horas, Álvaro foi considerado o melhor atirador e ganhou o certificado de ‘Top Gun’. Além do título, patrulhou as ruas de Orlando dentro do carro do xerife. "Os EUA são o berço do armamento no mundo. Para mim é um orgulho ter vencido esse curso”, disse Álvaro.

Ama todas, mas só dorme com uma
Em termos de armamento, Mestre Álvaro é, digamos, um sujeito infiel. Tem muitas amantes. Manuseia qualquer tipo de arma. Sabe usar como poucos um fuzil, conhece tudo de metralhadora, mexe com carabina, revólver 38 e espingarda. Mas ele só dorme com uma.

Anda armado 24 horas, inclusive quando está dormindo, mas à noite escolhe a pistola .40. Não chega a colocar debaixo do travesseiro, mas deixa bem ao lado da cama. "Não boto no travesseiro porque a mulher pode se retar de noite. Aí, já sabe”. Com todas as brincadeiras, Álvaro é sério quando trata de alguns cuidados.

"Não se deixa arma ao alcance de criança. Não se aponta arma para ninguém. A não ser que você tenha um bom motivo para atirar”. Mestre Álvaro é professor mesmo. Didático e técnico, não aceita jargões: "Não é ‘bala na agulha’. Agulha é de costureiro. É ‘munição na câmara’. Quer outra? Quem dá ‘coice’ é mula ou jegue. Arma dá ‘recuo’. ‘Pente’ é para cabelo. O certo mesmo é ‘carregador’”.



Category: NOTÍCIAS | Views: 1072 | Added by: jorge | Rating: 0.0/0
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