Acordar
cansado, ficar com as unhas e os cabelos fracos, sentir a pele oleosa e ter dor
de cabeça, por exemplo, são alguns dos sinais de alerta que podem indicar que o
corpo está estressado. Como explicaram a pediatra Ana Escobar e o
geriatra Carlos André Freitas dos Santos no Bem Estar desta quinta-feira (19),
o estresse pode refletir em várias partes do corpo, como cabelos, unhas, boca,
dentes e até mesmo no cérebro, além de acelerar o processo de envelhecimento,
prejudicar a memória e até mesmo diminuir a imunidade do organismo. De
acordo com os médicos, há uma série de sinais de alerta e, caso a pessoa tenha
dois ou mais, é provável que ela esteja muito estressada e precise buscar
tratamento. Por exemplo, no cabelo e unhas, pode ocorrer uma deficiência de
vitaminas e nutrientes,o que causa queda e a quebra; na pele, podem piorar as
espinhas, a psoríase, a vitiligo e as dermatites; nos dentes, o nervosismo pode
levar ao bruxismo, que causa dor na ATM e pode até mudar o formato do rosto; na
boca, pode aparecer o herpes; os músculos podem ter problemas para se
desenvolverem mesmo se a pessoa fizer atividade física; no cérebro, pode
ocorrer uma diminuição da produção de neurotransmissores, o que prejudica a
memória; por fim, o sangue pode ter uma redução das células de defesa e um
aumento do cortisol, hormônio do estresse.De acordo com a pediatra Ana Escobar,
esse hormônio funciona como uma arma contra infecções, vírus, bactérias e
inimigos desconhecidos – quando ele é acionado, é como se o corpo entrasse em
estado de alerta. Porém, no caso de pessoas muito estressadas, esse estado de
alerta é permanente e o corpo gasta energia à toa para se defender de um
inimigo que não está dentro, mas fora do organismo.
Em
alguns casos, é feito um exame de medição do cortisol, como no caso do Zezinho,
mâitre de uma cantina italiana, mostrado na reportagem da Natália Ariede. No
entanto, como alertou o geriatra Carlos André Freitas dos Santos, esse exame
não é a forma de detecção mais tradicional do estresse já que pode sofrer
algumas alterações. De acordo com o médico, a análise clínica continua sendo a
mais eficiente até porque não é tão fácil encontrar a dosagem de cortisol em
qualquer lugar.
Uma
das dicas principais para melhorar o estresse é o descanso – porém, como
alertaram os médicos, quem passa o dia trabalhando no computador, por exemplo,
não deve descansar também no computador já que o cérebro pode ter dificuldades
para distinguir trabalho e lazer quando ambos adquirem a mesma forma. A
recomendação, portanto, é dividir o descanso em três etapas: o físico, com
atividade física; o social, com família e amigos; e o mental, com exercícios de
espiritualidade e criatividade, por exemplo. Além disso, como recomendou a pediatra
Ana Escobar, é bom também realizar alguma atividade prazerosa, pelo menos, uma
vez ao dia.
Outra
dica para reduzir os efeitos do estresse é tomar os polivitamínicos, já que ele
pode causar uma deficiência de nutrientes e vitaminas. Porém, como alertou o
geriatra Carlos André Freitas dos Santos, é extremamente importante consultar
um médico ou nutricionista antes de recorrer a essa suplementação. Fonte: Voz da Bahia |