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O número de pessoas que se relacionam de forma amorosa por meio de
sites de encontro está aumentando. Pelo menos nos Estados Unidos, a
quantidade de pessoas namorando na web já é muito significativa: três
em cada quatro internautas solteiros usam, ou já usaram pelo menos uma
vez, a internet para algum tipo de ação amorosa, segundo pesquisa da
pesquisa da Pew Internet & American Life Project.
Para o levantamento, 17% disseram ter encontrado um relacionamento
estável ou terem se casado com alguém que conheceram por meio da
internet. Mas exemplos de sucesso como esses não devem fazer com que as
pessoas mergulhem de cabeça em namoros online, porque há riscos.
Um fazendeiro australiano acabou seqüestrado por sua noiva virtual. Na
verdade, ela nem existia. Em 2007, ele caiu em um golpe e ficou 12 dias
preso depois de ser enganado por uma quadrilha. Ele havia viajado a
Mali, no continente africano, para encontrar a mulher que havia
conhecido na rede. Os bandidos ameaçaram mutilá-lo se não pagasse US$
85 mil em resgate. A polícia australiana, no entanto, conseguiu ser
mais esperta e a história teve um final feliz.Já uma inglesa perdeu, este ano, 60 mil libras (cerca de R$ 159 mil)
enviadas a um homem que havia conhecido em um site de relacionamento e
com quem vinha conversando há meses. O suposto empresário era, na
verdade, um golpista. Ele inventou uma história sobre dificuldades
financeiras e a mulher não hesitou em ajudá-lo. Foram três depósitos
antes de ela perceber que havia sido envolvida em uma grande anedota e
estava sendo extorquida.
Mas esses são apenas casos que chegaram à grande mídia. Há milhares de
outros. "Pedófilos entram em salas de bate papo de adolescentes com
perfis falsos para agendar encontros”, explica o psicólogo e diretor de
prevenção da Safernet, Rodrigo Nejm.
"O importante é não acreditar em tudo o que se vê na internet”, afirma
Karina Batista, detetive da Alfa Detetives Particulares, que presta
serviços de monitoramento de internet para famílias.
Segundo ela, as pessoas devem evitar confiar em um completo
desconhecido encontrado pela internet, ao menos até conhecer pessoas
que fazem parte da vida dele, como a família, e assim assegurar a
veracidade das informações. E isso vale também para os homens, muitas
vezes menos cuidadosos.
Outra dica importante para manter certo nível de segurança é nunca
passar dados pessoais, como endereço. "Não marque encontros em que a
pessoa vai te buscar em casa”, diz Karina. Ela recomenda lugares
públicos, em especial os com câmeras de vigilância, como shoppings,
para os primeiros encontros.
Fuçar em redes sociais, como orkut, para buscar referências de
familiares, amigos e colegas de trabalho, também vale. Pedir a um amigo
para ficar de longe tomando um chopp nos primeiros encontros também não
é má idéia, segundo a detetive. Vale mais a pena prevenir e depois rir
da história do que passar por momentos terríveis.
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