
A delegacia de Lagedo do Tabocal anunciou nesta quinta-feira (11) que um
inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do incêndio em
seis casas e um veículo, todos de um grupo de ciganos. O incêndio aconteceu na
segunda-feira (9), iniciado por populares depois de uma briga e agressões a
dois pedreiros.
Segundo a
polícia, os ciganos atacaram com golpes de pás e enxadas os pedreiros Adalício
Santo, 51 anos, e seu filho Sérgio Queiróz de Oliveira, 27, por discordar do
preço cobrado por um serviço feito. Adalício teria sido contratado por um
cigano de nome Cristiano para construir um banheiro em uma casa pelo valor de
R$ 2 mil, que seriam pagos em duas vezes. Cristiano achou o valou alto e disse
que pagaria apenas R$ 450, quebrando o acordo feito.
O filho do
pedreiro não gostou da nova proposta e começou uma briga com o cigano que logo
se generalizou. Ele acabou ferindo o pai de Cristiano, o também cigano Barbosa
Fiuza Barreto, com um facão. A briga envolveu outras pessoas e um grupo
de pessoas acabou queimando as casas dos ciganos. 
Ferido, Adalicio foi levado para o hospital municipal em Lagedo do
Tabocal. O filho, Sérgio, continua hospitalizado em estado grave em Jequié e
aguarda transferência para uma unidade médica de Salvador. Além de Cristiano e
seu pai, que fugiu do Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, estão
envolvidos na agressão os ciganos identificados como Miron, Manchinha e
Casqueiro. Um advogado dos três procurou a delegacia e disse que eles devem se
apresentar nos próximos dias.
Os cinco ciganos
serão indiciados por tentativa de homicídio.
Segundo a
polícia, pelo menos 200 pessoas da cidade participaram do incêndio contra as
casas dos ciganos. Elas devem sofrer uma ação coletiva e os responsáveis
identificados responderão criminalmente. Fonte : Portal de Noticia |