O consumo de energia no Brasil alcançou em 2010 o nível mais alto em
20 anos, de acordo com o relatório "Indicadores de Desenvolvimento
Sustentável (IDS 2012)", divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), durante a Conferência Rio+20. O trabalho
detalha as dimensões ambiental, social, econômica e institucional do
país em 62 itens. Em 2010, o consumo de energia per capita (o
que cada brasileiro consumiu de energia por ano) alcançou 52,9
gigajoules (GJ/hab). Foi o maior índice desde o início da série
histórica do IBGE, em 1992, ultrapassando 2008, até então o maior (50
GJ/hab), após uma redução para 48,3 GJ/hab, em 2009. O aumento, segundo o
instituto, está relacionado ao grau de desenvolvimento do país e ao
maior acesso a bens de consumo essenciais e a serviços de
infraestrutura. A eficiência no uso da energia na economia brasileira
tem se mantido estável, devido ao crescimento quase em paralelo do
consumo de energia e do PIB ao longo dos anos. O IBGE também informou
que, em 2010, 45,5% da energia utilizada no Brasil era gerada por fontes
renováveis (hidrelétrica, solar, eólica, etc). Houve ligeiro aumento de
participação do gás natural (de 8,7% em 2009 para 10,8% em 2010) e do
carvão mineral e derivados (de 4,7% para 5,2%), enquanto a participação
de petróleo e derivados permaneceu estável (37,9% em 2009 e 37,6% em
2010), bem como a de urânio e derivados (1,4% nos dois anos). A
participação das principais fontes renováveis no total da oferta de
energia tem se mantido estável nos últimos anos, com queda de 2009 para
2010: derivados da cana-de-açúcar (de 18,2% para 17,8%), hidráulica e
eletricidade (de 15,2% para 14%) e lenha e carvão vegetal (de 10,1% para
9,7%).
Fonte: IG
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