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A partir da semana que vem motoboys e mototaxistas de todo o país vão
ter que mudar de comportamento no trânsito. A lei de 2009 começa a ser
aplicada na prática, a partir do dia quatro de agosto. O motoboy ou
mototaxista que não cumprir as novas regras leva multa, que dependendo
da infração pode ser grave. O condutor perde até cinco pontos na
carteira e a moto pode ser apreendida. Com as novas exigências, só pode
trabalhar quem tiver o curso que ensina as regras de conduta e segurança
para as duas profissões. "Esse curso reprova se o aluno não
atingir a média mínima ou se ele for reprovado na aula prática e não
conseguir executar os exercícios com perfeição”, diz Berto Carvalho,
instrutor de trânsito. Para ser motoboy ou mototaxista é preciso: - ter 21 anos e ter habilitação na categoria A há pelo menos 2 anos; - a moto deve ser registrada na categoria aluguel, com placa vermelha; - também devem ser instalados protetor de pernas e aparador de linha; - os produtos não podem ser transportados em mochilas, apenas baús ou grelhas; - água e gás só podem ser transportados com reboque; - o veículo deve passar por uma inspeção semestral. O
motociclista deve usar capacete com viseira de cristal e adesivo
refletivo, e colete sinalizador.As mudanças são para diminuir o número
de acidentes. Wanderson Negreiro Leite trabalha como entregador de gás.
No início do mês bateu em outra moto. Ele quebrou o pé e vai ficar 40
dias sem trabalhar. "A gente trabalha mais seguro com os equipamentos,
por isso estou fazendo o curso para não sofrer mais acidentes”,
comenta. No ano passado, em todo o Brasil, 14 mil pessoas foram
aposentadas por invalidez causada por acidente de moto. Os equipamentos
básicos de segurança como capacete, joelheira, cotoveleira e luva podem
evitar que o acidentado tenha uma lesão grave. O maior hospital
público de Pernambuco, no ano passado, atendeu 1.300 pacientes vítimas
de acidentes com moto. Quatrocentos e cinquenta e cinco estavam
trabalhavam como mototaxistas ou motoboys na hora do acidente. Cento e
quarenta e três deixaram o hospital com algum tipo de paralisia ou
amputação. "Esses novos equipamentos que estão sendo agora
regulamentados por lei vão diminuir em muito as sequelas graves e
definitivas nos acidentes de moto”, comenta João Veiga, Comitê Estadual
de Prevenção aos Acidentes de Moto. |