Foi encerrada, por volta
das 13h30 desta quarta-feira (18), a Audiência de Instrução da Ação Penal
movida contra os ex-integrantes da banda New Hit. Neste segundo dia de
interrogatório, o primeiro depoimento foi do percussionista Michel Melo de
Almeida. Em depoimento que durou mais de uma hora, Michel respondeu às
perguntas da juíza Márcia Simões, titular da Vara Crime da comarca de Ruy
Barbosa, mas preferiu usar o direito constitucional de permanecer em silêncio
diante das perguntas da promotora de justiça Marisa Jansen.
O segundo a depor foi o
dançarino Weslen Danilo Borges Lopes, seguido pelo ex-vocalista da banda,
William Ricardo de Farias. Ambos responderam, por mais de uma hora, cada um, às
perguntas da juíza e também se recusaram a responder os questionamentos da
promotora. William foi o último, dos dez acusados, a prestar esclarecimentos à
Justiça nesta fase processual.
No primeiro dia da
audiência (17), foram ouvidos seis ex-integrantes da banda, mais o policial
militar que acompanhava o grupo no dia do ocorrido. Foram interrogados, durante
todo o dia, o sócio da New Hit, Edson Bonfim; o produtor técnico, Jefferson
Pinto dos Santos; o dançarino Alan Aragão Trigueiros; o cantor Eduardo Martins,
conhecido como Dudu; o dançarino, Guilherme Augusto Campos da Silva; o
percussionista, John Ghendow de Souza Silva e o policial militar Carlos
Frederico Santos de Aragão.
Sentença Segundo a
assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia, após essa fase processual com o
interrogatório dos réus, não será possível o anúncio imediato da sentença
da magistrada, uma vez que o Ministério Público do Estado da Bahia (MP/Ba)
e os advogados que representam os réus poderão requerer diligências
(possíveis provas complementares). Após as
diligências, o processo será aberto para vista ao MP/BA e assistente de
acusação para que possam apresentar alegações finais por escrito. Em seguida,
os advogados dos réus também apresentarão alegações finais. Somente após esse
trâmite processual é que será proferida a sentença. A promotora
Marisa Jansen disse que confia na condenação dos suspeitos. Segundo ela, toda a
investigação aponta para a veracidade do que foi dito pelas garotas. Além
disso, a promotora confirmou a informação de que o sêmen de seis integrantes do
ex-grupo musical foi encontrado nas roupas utilizadas pelas jovens, material
que foi periciado e anexado ao processo. Caso New Hit Nove músicos
da banda, mais um policial militar que acompanhava o grupo, são acusados pelo
estupro de duas menores, no dia 26 de agosto de 2012, logo após um show da New
Hit na cidade de Ruy Barbosa, distante 320 km de Salvador. São acusados
Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Alan
Aragão Trigueiros, Edson Bonfim Berhendes Santos, Jefferson Pinto dos Santos,
John Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges
Lopes, William Ricardo de Farias e o policial militar Carlos Frederico Santos
de Aragão. Na primeira
audiência, realizada nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2012, foram ouvidas as
duas vítimas e 11 testemunhas. No total, prestaram depoimento 47
testemunhas de defesa e acusação, 34 delas por carta precatória (intimações
para outras localidades), além das duas vítimas. Durante a
segunda audiência, no dia 03 de setembro de 2013 foram ouvidas duas testemunhas
de defesa e ainda o sócio do grupo Edson Bonfim. Ao final do depoimento
os advogados de defesa decidiram se retirar, alegando insegurança, por conta
das provocações do prefeito da cidade e de um grupo de militantes feministas.
Sem poder retomar os depoimentos, já que a audiência não poderia seguir sem os
advogados, a juíza Márcia Simões remarcou os interrogatórios. Fonte: Aratu Online/Fotos: TJBA |